Em novo depoimento, Matthew Brown descreve em detalhes todas as tentativas frustradas de denunciar oficialmente o Immaculate Constellation — sistema secreto automatizado dos EUA que coleta e oculta registros de OVNIs por meio de inteligência artificial. A cronologia inédita mostra como relatórios foram ignorados, arquivos sumiram e reuniões com o Congresso foram sistematicamente desmarcadas.
Leia antes a Parte 1 da revelação: https://despertanews.com.br/ufologia/denunciante-matthew-brown-revela-em-washington-o-programa-ultrassecreto-immaculate-constellation-que-usa-inteligencia-artificial-para-vasculhar-servidores-militares-em-busca-de-ovni/
Figuras citadas na matéria
Nome | Cargo / Função | Cidade | Programa / Contexto |
---|---|---|---|
Matthew Brown | Ex-analista do Pentágono e do Departamento de Estado | Washington, EUA | Autor do dossiê Immaculate Constellation |
Sean Kirkpatrick | Ex-diretor da AARO | Washington, EUA | Acusado de distorcer briefings ao Congresso |
Marco Rubio | Senador (Inteligência) | Miami, EUA | Participou das reuniões mencionadas |
Elizabeth Warren | Senadora | Boston, EUA | Participou das reuniões mencionadas |
Kirsten Gillibrand | Senadora | Nova Iorque, EUA | Participou das reuniões mencionadas |
David Grusch | Denunciante e ex-oficial da Força Espacial | Denver, EUA | Inspiração para novas denúncias |
Linha do tempo completa e detalhada da denúncia de Matthew Brown
2018 – Descoberta acidental do Immaculate Constellation
Durante uma reorganização de arquivos no Pentágono, Brown acessa um slide marcado “2018 Schriever Wargame” com uma série de imagens e textos secretos, incluindo a primeira menção ao programa Immaculate Constellation (ImCon). O conteúdo mostra:
- Orbes luminosas saindo de instalações nucleares e se deslocando para o oceano.
- Um triângulo preto sobre navios russos de vigilância, com imagens feitas por sistemas submersos dos EUA.
- E uma última imagem inédita: outro triângulo sobre um navio russo no Atlântico, menor, angular, em visão noturna infravermelha.
“Meu sangue gelou. Sabia que, a partir daquele momento, eu era outra pessoa.”
2019–2020 – Silêncio e desconfiança
Inicialmente, Brown nada faz. Acredita que o material poderia ser fictício, parte de uma simulação militar. Só decide agir após passar por um treinamento sobre como lidar com vazamentos de Programas de Acesso Especial (SAPs).
“Ou eu fingia que nunca vi aquilo, ou assumia a responsabilidade. Eu li o material pelo menos 80 vezes.”
Primeira tentativa de denúncia: superior imediato
Brown relata o caso a um coronel aposentado, seu supervisor direto. Leva o oficial a uma sala blindada (SKIFF) e mostra os arquivos. Após apenas dois slides, o superior interrompe:
“Você leu isso?”
“Olhei para ele. Olhei para a tela. Ele entendeu. E disse: ‘Delete.’”
O assunto é encerrado. O conteúdo some do servidor dias depois.
Segunda tentativa: setor oficial de controle de SAPs
Brown busca o responsável formal por Programas de Acesso Especial. Apresenta os slides novamente, agora em uma instalação segura. O analista revisa o conteúdo, finge rir ao ver a imagem de Lue Elizondo, e responde:
“Alguém está pregando uma peça. Pode ir embora. Isso não é nada.”
Brown tenta insistir em assinar algum termo formal. A resposta: “Você pode ir.”
2021 – Leitura de transcrições confidenciais no USDI
Já no Gabinete do Subsecretário de Defesa para Inteligência, tem acesso às transcrições das reuniões fechadas entre Sean Kirkpatrick e senadores.
O conteúdo confirma que Kirkpatrick distorceu os dados do relatório da AARO, minimizando os avistamentos e alegando falta de provas.
“Rubio pergunta: ‘O Executivo está conduzindo isso há 60 anos sem supervisão?’ Naquele momento, eu soube que era real. E que era um encobrimento institucional.”
2023 – Primeira abordagem ao Congresso
Com a lei de proteção a denunciantes aprovada, Brown busca contato com o Congresso. Em 17 de agosto, entra na sala blindada do Senado e entrega a versão inicial de seu relatório.
“Assinei meu nome no livro de registros. Verdadeiro. Eu estava lá.”
Apesar de prometerem reuniões com outras comissões e congressistas, nenhuma audiência acontece.
Outubro–Dezembro de 2023 – Bloqueio institucional
Recebe mensagens evasivas e, depois, ultimato:
“Ou você envia por este canal não oficial, ou não nos interessa mais.”
Desencantado, sente-se “insignificante” e começa a duvidar da vontade real do Congresso em agir.
Janeiro de 2024 – Segunda versão do relatório
Decide elaborar um relatório mais completo, com sete categorias de evidência, nomes de compartimentos secretos e programas correlatos. O texto é redigido em um computador isolado, com criptografia, longe da internet.
“Não tinha mais dúvidas de que a inteligência americana sabia sobre mim. Mas temia mais os espiões estrangeiros. Estava em Washington. Capital mundial da espionagem.”
Fevereiro–Março de 2024 – Revisão e submissão oficial
Brown entrega o novo relatório ao Departamento de Estado e submete à revisão pré-publicação. Recebe, após semanas, uma única linha de resposta:
“Você pode prosseguir.”
Segundo ele, o clima era de tolerância forçada, não de apoio.
Abril de 2024 – Entrega ao Senado e novas pressões
Entrega pessoalmente a versão final do dossiê ao Comitê de Serviços Armados do Senado (SASC). Exige que seja repassado também ao Comitê de Inteligência da Câmara e ao Comitê de Supervisão.
“Cheguei a dizer: vocês pediram por isso. Agora têm que lidar com isso.”
Maio de 2024 – Divulgação pública se aproxima
Sem respostas e temendo um novo apagamento, Brown decide expor tudo. Viaja à Califórnia e entrega os documentos ao jornalista Michael Shellenberger.
“Fiz tudo certo. Em silêncio. Pelos canais oficiais. Me ignoraram. Agora vai ser público.”
Revelações inéditas sobre o sistema de ocultação
- O Immaculate Constellation suga e isola dados de múltiplas fontes militares, criando versões filtradas para o que cada perfil “tem necessidade de saber”.
- Brown afirma que imagens de OVNIs são sumariamente capturadas e removidas de redes como JWICS, sem registro, sem rastro.
- O programa, segundo ele, é um “deus de duas faces”: uma que vê tudo, outra que entrega apenas o que convém.
“O sistema está fora de controle. Até mesmo os comitês mais sensíveis do Congresso são deliberadamente enganados.”