Em entrevista ao canal norte-americano Worldviews, o congressista Eric Burlison revelou que o inspetor-geral dos Estados Unidos confirmou parte das denúncias feitas por David Grusch sobre programas ultra-secretos relacionados a UFOs. Burlison destacou que há uma estrutura deliberada de compartimentalização nas agências de defesa e inteligência, o que impede a supervisão e transparência sobre o fenômeno.
Sigilo extremo validado por órgão oficial
Durante a entrevista, Eric Burlison explicou que o inspetor-geral investigou formalmente as denúncias feitas por Grusch e concluiu que há de fato uma falta de transparência e uma compartimentalização excessiva nos programas ligados a UFOs. Segundo ele, essas operações estariam espalhadas entre órgãos como o Departamento de Defesa, o Departamento de Energia e agências de inteligência, de forma a manter o sigilo absoluto.
“Eles confirmaram que David Grusch estava certo sobre a falta de transparência e o excesso de compartimentalização”, afirmou Burlison.
O inspetor-geral não teria validado aspectos mais polêmicos das declarações de Grusch, como a origem extraterrestre das tecnologias, alegando que esse tipo de conclusão não cabe ao seu órgão.
Dificuldade de acesso e tecnologia sensível
Burlison também criticou a Arrow — agência atualmente responsável pelos estudos oficiais sobre o fenômeno —, que alega que os UFOs não são um assunto classificado, mas que as tecnologias utilizadas para capturar evidências, como sensores e equipamentos militares, são sigilosas, dificultando o acesso público a fotos e vídeos.
“Eles dizem que o tema não é secreto, mas os sensores são. Isso praticamente impede qualquer divulgação,” disse o congressista, revelando frustração com a falta de transparência.
Discussão espiritual e cautela científica
Na entrevista, o congressista também abordou teorias que ligam o fenômeno UFO a dimensões espirituais ou extradimensionais. Burlison sugeriu que tais entidades poderiam ser similares aos seres descritos na Bíblia, como anjos, mas reforçou que sua abordagem continua sendo cética.
“Não vou assumir que são seres de outro planeta até ver algo com meus próprios olhos,” disse, reafirmando que sua postura é baseada em provas materiais.
Corrida por tecnologia e ausência de cooperação internacional
Segundo Burlison, uma cooperação global em torno do tema é improvável. Caso envolva tecnologia desconhecida ou avançada, haveria uma corrida entre nações para dominar ou explorar esse conhecimento, o que reforça o sigilo ao redor dos programas.
Ele também reconheceu que muitos avistamentos podem estar ligados a aeronaves militares experimentais ou tecnologias privadas desenvolvidas por empresas como Raytheon, Boeing e Lockheed Martin, dificultando ainda mais a separação entre o que é terreno e o que pode não ser.
Ligação com a ufologia
As declarações de Eric Burlison ampliam a relevância das denúncias de David Grusch e reforçam a urgência de uma fiscalização mais rígida sobre os programas secretos que envolvem UFOs. A confirmação de que há uma estrutura institucionalizada para manter o tema oculto do Congresso e da população é uma das mais importantes validações institucionais já divulgadas, fortalecendo o movimento por transparência dentro e fora dos Estados Unidos.