Apesar de mentiras frequentes de Trump, Ross Coulthart diz que neste caso dos drones em Nova Jersey ele foi enganado por outros

Apesar das mentiras frequentes de Trump, Ross Coulthart afirma que, no caso dos drones em Nova Jersey, o ex-presidente foi mal informado por sua equipe

O jornalista investigativo Ross Coulthart, em entrevista ao programa Morning in America, da NewsNation, comentou sobre os avistamentos de drones misteriosos que ocorreram em 2016 ao longo da costa leste dos Estados Unidos, especialmente sobre bases militares em Nova Jersey. Segundo ele, na época, ainda durante o período de transição de governo, a equipe de Donald Trump recebeu informações que minimizavam a gravidade do fenômeno, classificando os drones como veículos aéreos autorizados pela Administração Federal de Aviação (FAA) para pesquisas.

Coulthart apontou que essa explicação não era apenas insatisfatória, mas também enganosa, destacando que os próprios serviços de inteligência dos EUA continuam sem identificar a origem ou o propósito desses drones, nem conseguiram capturar ou neutralizar qualquer um deles.

“Quem disse ao presidente que se tratava apenas de drones de pesquisa o enganou. Isso é vergonhoso”, afirmou o jornalista durante a transmissão.

A declaração chama atenção por ocorrer em um contexto onde Trump é amplamente reconhecido por disseminar informações falsas em diversas ocasiões. No entanto, Coulthart foi cuidadoso ao não comentar sobre esse histórico. Seu foco foi ressaltar que, neste caso específico, Trump não mentiu — ele foi mal orientado por membros da sua própria equipe, que provavelmente buscavam uma explicação simples e política para um fenômeno ainda sem resposta clara.

O episódio revela um cenário preocupante: a falta de transparência dentro das próprias estruturas do governo em relação a temas de segurança nacional, como o surgimento de objetos aéreos não identificados sobre áreas sensíveis. A tentativa de normalizar o ocorrido pode ter comprometido a capacidade de resposta do governo e contribuído para a desinformação pública sobre os riscos envolvidos.

“A comunidade de inteligência ainda está perplexa com esses objetos. Eles não sabem quem os está enviando e não conseguiram interceptá-los”, completou Coulthart.

Esse caso reforça os apelos por maior transparência e investigação oficial sobre fenômenos aéreos anômalos, especialmente quando envolvem o espaço aéreo de bases militares estratégicas. A forma como informações foram tratadas e transmitidas ao presidente evidencia falhas na cadeia de comunicação dentro da administração federal.

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