Linda Napolitano, conhecida na ufologia pelo relato de uma experiência de abdução alienígena em 1989, entrou com uma ação judicial contra a Netflix para impedir a exibição do documentário The Manhattan Alien Abduction. Napolitano afirma que a série distorce seu caso ao apresentar uma abordagem cética que, segundo ela, compromete a autenticidade de seu relato e desrespeita o trabalho de Budd Hopkins, investigador que documentou o caso no livro Witnessed: The True Story of the Brooklyn Bridge Abductions (1997). Em seu processo, Napolitano alega difamação e fraude contra a plataforma, buscando preservar sua reputação e integridade perante a comunidade ufológica.
O Caso de Linda Napolitano e o Interesse Ufológico
Linda Napolitano relatou ter sido abduzida em 30 de novembro de 1989, em Manhattan, Nova York, quando três figuras desconhecidas teriam a retirado de seu apartamento por meio de um feixe de luz. Segundo Napolitano, o caso teria sido observado por várias testemunhas, incluindo dois seguranças de uma figura pública não identificada. Esse relato chamou a atenção do renomado ufólogo Budd Hopkins, que em 1997 documentou a experiência no livro Witnessed: The True Story of the Brooklyn Bridge Abductions. Desde então, o caso se tornou um dos mais notórios na ufologia, e Napolitano passou a ser vista como uma testemunha central de abduções alienígenas.
Acusações contra a Série da Netflix
Lançada em 30 de outubro de 2024, a série The Manhattan Alien Abduction explora o caso de Napolitano sob uma perspectiva que levanta dúvidas sobre sua autenticidade, o que motivou a protagonista a entrar com um processo. No documentário, Carol Rainey, ex-esposa de Budd Hopkins, aparece questionando a validade do relato. Rainey, que em 2011 já havia publicado um artigo crítico sobre o caso, descreve Napolitano como alguém que pode ter manipulado detalhes, insinuando que o relato poderia ser um embuste. No processo, Napolitano alega que a produção permitiu a Rainey influenciar o tom da série de forma injusta e distorcida, apresentando uma visão cética e desrespeitosa de sua experiência.
Manipulação de Imagem e Alegação de Retratação Injusta
No processo judicial, Napolitano afirma que os produtores do documentário a caracterizaram de forma “caricatural”, utilizando figurinos e maquiagem que a faziam parecer envelhecida e fragilizada. Segundo ela, essas escolhas visuais foram deliberadas para afetar sua credibilidade e criar uma imagem negativa diante do público. O advogado de Napolitano, Robert Young, afirmou ao The Independent que a cliente jamais teria aceitado participar do documentário caso soubesse que sua história seria retratada de maneira cética e manipulada para entretenimento. Young classificou as ações da produção como “fraudulentas e desrespeitosas”, destacando que Napolitano busca a ação legal para defender a integridade de seu relato.
Pedido de Bloqueio e Compensação Judicial
Além de buscar uma ordem para bloquear a exibição da série na Netflix, Napolitano também pede compensação por danos morais e materiais. Ela argumenta que o documentário compromete sua reputação, retratando-a de maneira depreciativa e duvidosa, o que pode afetar sua posição como uma testemunha de abdução respeitada na comunidade ufológica. A série segue disponível na plataforma enquanto aguarda-se uma decisão sobre o pedido de bloqueio e a análise das alegações apresentadas.
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