UAPs no mundo: órgãos oficiais e links de referência

Governos de Argentina, Brasil, França, Reino Unido, Chile, Japão, Canadá e outros países adotam respostas distintas para os Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAPs), que vão de investigações públicas a monitoramento militar sigiloso. Esta matéria consolida, em português, o conteúdo do levantamento internacional e acrescenta links oficiais explícitos (quando existirem) para consulta pública.


Argentina: supervisão militar com transparência pública

Em 2011, a Força Aérea criou a Comisión de Estudio de Fenómenos Aeroespaciales (CEFAe), posteriormente reestruturada como CIAE. O centro mantém a missão de investigar e publicar casos relevantes.

O CIAE herdou equipe e atribuições da CEFAe e segue publicando relatórios anuais e orientações à sociedade.


Brasil: arquivos abertos e histórico de engajamento

O país tem tradição documental robusta, com operações históricas e norma que obriga o arquivamento público dos registros.


França: investigação científica financiada pelo Estado

A França mantém desde 1977 o GEIPAN, grupo do CNES que coleta, analisa e publica dossiês (incluindo radar e entrevistas), além de estatísticas e metodologia.

Relatório COMETA (1999): documento semi-oficial de ex-militares/experts recomendando pesquisa científica adicional (não é página governamental, mas referência histórica amplamente citada).


Reino Unido: desclassificação e encerramento do “UFO Desk”

O Ministério da Defesa (MoD) processou relatos por décadas, até o fechamento do UFO Desk em 2009. O acervo foi liberado ao público.


Rússia e ex-URSS: sensibilidade militar e censura

Houve investigações sigilosas em larga escala no período soviético (p. ex., Petrozavodsk, 1977). Na Rússia contemporânea, a lógica permanece essencialmente militar e com pouca divulgação pública. (Não há portal oficial dedicado para UAP.)


China: interesse crescente e enquadramento estratégico

Relatos públicos indicam que o Exército de Libertação Popular (PLA) opera um sistema interno (com apoio de IA) para triagem e atribuição de alvos — foco em defesa aérea e ADIZ.
(Sem site governamental público específico sobre UAP; comunicações são esparsas.)


Chile: cooperação civil-militar

O país opera um dos modelos mais transparentes da região por meio da SEFAA (antiga CEFAA), vinculada à DGAC.

Recebe relatos de pilotos, controladores e militares; usa dados de radar/vídeo e publica sínteses de casos sem explicação.


Japão: segurança de voo e observação cautelosa

Não há um “GEIPAN japonês”, mas, em 2020, o Ministério da Defesa instruíu as JSDF a registrarem/analisarem UAPs e a cooperarem com aliados.


Índia: vigilância sob guarda da inteligência

Sem órgão nacional dedicado. Incidentes em áreas sensíveis (Ladakh/Nordeste) são tratados como inteligência/defesa por IAF/ISRO/DGCA. (Não há portal oficial específico para UAP.)


Alemanha: ausência de programa nacional

Não há organismo federal para UAP. Registros aparecem em respostas parlamentares e arquivos históricos, sem linha de investigação pública contínua. (Sem portal dedicado.)


Itália: interesse fragmentado, mas persistente

Colaboração pontual entre pesquisadores civis, polícia e autoridades de aviação. Houve uma comissão acadêmica em 1978, mas sem continuidade institucional. (Sem site oficial ativo de UAP.)


Austrália: arquivos militares e engajamento mínimo recente

A RAAF manteve um registro até 1996; hoje, Defence não coleta relatos públicos de UAP, e o tema permanece em acervos históricos e na imprensa.

  • (Sem portal oficial de UAP.)
  • Contexto público atual (referência de imprensa): matéria recente relembra a posição oficial e pressiona por revisão.

Canadá: parceria com a NORAD e “Sky Canada Project”

Historicamente, o NRC analisou relatos civis (1950–1990). Hoje, o Sky Canada Project, do Office of the Chief Science Advisor (OCSA), mapeou fragmentação de dados e recomendou escritório científico dedicado, portal bilíngue e alinhamento com AARO/GEIPAN.


Síntese

Os países analisados distribuem-se em quatro faixas:

  1. Investigação oficial com transparência (França/GEIPAN; Chile/SEFAA; Canadá/Sky Canada);
  2. Arquivamento e abertura documental (Brasil/Arquivo Nacional; Reino Unido/National Archives);
  3. Monitoramento militar com baixa publicidade (Argentina/CIAE; Japão/JSDF; Austrália/Defence; Rússia/URSS; China/PLA; Índia);
  4. Interesse difuso/fragmentado (Itália; Alemanha).

Com sensores mais capazes e espaço aéreo disputado, cresce a tendência de padrões comuns (métricas, taxonomias, portais públicos). A convergência em torno de transparência técnica, segurança de voo e interoperabilidade pode transformar UAPs de tabu a tema operacional entre agências civis, militares e científicas.


Fontes (links oficiais e institucionais)

Fonte:
https://newspaceeconomy.ca/2025/07/31/how-other-countries-handle-uaps-a-global-survey/?fbclid=IwY2xjawNcDFRleHRuA2FlbQIxMQABHtcVn9DSoOMVSjQXmNs6SjCndkt2ZyA532GcxTxyGMa_HmdqzbdhEm7jkNUk_aem_KJF0vOIk1nixkPE10kT4kg

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