O episódio 175 do UAP – Unidentified Alien Podcast trouxe uma análise profunda sobre o fenômeno cultural que “The Age of Disclosure” se tornou. Em conversa com o jornalista Matt Ford, Stephen Diener explicou por que o documentário não só dominou o público geral, mas agora também aparece como um candidato legítimo ao Oscar. A discussão detalhou a qualidade cinematográfica do filme, os critérios da Academia e o peso profissional de Ford nesse cenário.
Diener começa comentando que o documentário rompeu a barreira do nicho ao falar com pessoas que nunca se interessaram por UAPs. Ele afirma que “o que esse filme está fazendo com o público geral é algo que eu nunca vi antes”, descrevendo uma recepção orgânica, emocional e surpreendente. Para ele, isso acontece porque a obra entrega força narrativa sem sensacionalismo, algo raro em produções que tocam em temas controversos.
É aí que entra a visão técnica de Matt Ford. Além de ser apresentador do The Good Trouble Show, Ford tem uma carreira sólida na indústria audiovisual, incluindo trabalhos premiados e participação em projetos reconhecidos pela crítica. Essa experiência o torna um analista preciso do que a Academia do Oscar realmente valoriza. Ele explica que “a Academia olha muito para três pilares: impacto cultural, força narrativa e execução técnica”. Segundo Ford, o documentário se destaca nos três.
No aspecto narrativo, Ford comenta que o filme “trata o público como adulto e jamais subestima a inteligência do espectador”. A estrutura aposta na seriedade e na crueza dos depoimentos, dando espaço para o silêncio e para o desconforto emocional de cada testemunha. Ele observa que a Academia costuma premiar produções que conseguem equilibrar emoção e credibilidade, especialmente quando trabalham com temas sensíveis.
Na parte técnica, Ford elogia a fotografia contida, o uso calculado de trilha sonora e a montagem que permite ao espectador sentir o peso de cada revelação. Ele destaca que “a Academia gosta de documentários que parecem maiores do que o próprio tema, e este faz exatamente isso”, ampliando o debate UAP para um contexto humano, histórico e político.
Quanto ao impacto cultural, ambos concordam que esta é a área onde The Age of Disclosure brilha de forma incomum. Mesmo disponível apenas para aluguel, o filme quebrou recordes de vendas, ultrapassou blockbusters e liderou rankings de forma contínua. Diener resume o fenômeno dizendo que “os números desse filme são insanos para uma produção sem estúdio por trás”.
Matt Ford reforça que esse tipo de tração orgânica costuma chamar atenção de membros da Academia, especialmente quando a obra se torna assunto de mídia, podcasts, universidades e círculos políticos ao mesmo tempo.
O histórico profissional de Ford também reforça o peso de suas análises. Antes de se tornar uma voz influente no debate sobre UAPs, ele trabalhou em grandes projetos, incluindo produções premiadas e reconhecidas por associações de cinema e jornalismo. Isso lhe dá autoridade para conectar o impacto popular do filme aos critérios formais de premiação.
Com a maior parte do debate focada no Oscar, os dois reservaram o final do episódio para tocar brevemente em outros temas relevantes. Ford criticou a postura pouco transparente da AARO (All-domain Anomaly Resolution Office) e repetiu sua posição de que “toda essa coisa da AARO é uma grande operação de informação”. Diener também comentou os rumores sobre Donald Trump e uma possível revelação relacionada a NHI (Inteligência Não Humana), reconhecendo que “se ele realmente quisesse soltar algo, isso mudaria o jogo inteiro”, embora nenhum sinal concreto indique que isso esteja próximo.
No conjunto, a conversa reforça a percepção de que The Age of Disclosure não é apenas um filme. É um marco cultural cuja força pode levá-lo até o Oscar e, com isso, ampliar ainda mais a legitimidade do tema UAP perante o mundo.







