SETA, iniciativa experimental criada por IA, propõe novo modelo científico para investigar fenômenos anômalos nos EUA

Uma nova iniciativa lançada pelo site norte-americano The Black Vault propõe um modelo inédito de investigação científica para fenômenos anômalos não identificados (UAP, na sigla em inglês), com base em transparência, dados abertos e inteligência artificial. A proposta, chamada SETA — Scientific Exploration & Transparency in Anomalies, foi inteiramente desenvolvida por IA como experimento. A própria inteligência artificial nomeou o projeto, criou a identidade visual, redigiu a missão institucional e desenhou todos os elementos de um ecossistema completo para investigação científica desses fenômenos.

“SETA não é apenas uma plataforma. É uma visão. É um experimento sobre o que acontece quando os princípios do método científico se encontram com as capacidades de sistemas inteligentes.”

A ideia por trás da criação foi comparar o desempenho de uma organização fictícia gerada por IA com o histórico de outras entidades que, ao longo de décadas, prometeram investigações científicas sobre OVNIs, mas frequentemente falharam em entregar resultados concretos. De acordo com o criador do experimento, o objetivo era observar o que uma IA julgaria essencial para uma investigação séria e baseada em evidências, sem influência de crenças ou ceticismo.

Plataforma completa e código aberto

SETA foi planejada como uma plataforma digital aberta ao público e gratuita. O projeto inclui:

  • Portal de envio de relatos, com opções de anonimato e upload de evidências com metadados preservados;
  • Arquivo consultável de casos, com filtros por data, local e tipo de evidência;
  • Visualizador interativo de casos, com mapas, vídeos e documentos acessíveis;
  • Painel para investigadores, com controle de progresso, feedbacks por pares e certificações;
  • Sistema de treinamento e certificação, com módulos, quizzes e vídeos explicativos;
  • Mapa de avistamentos ao vivo, com filtros e acesso a dados abertos;
  • Dashboard público com estatísticas, como número de casos, classificação por tipo e distribuição geográfica;
  • Manual e guia de treinamento para investigadores, ambos redigidos pela IA.

Todo o conteúdo foi gerado por meio de comandos mínimos e direcionamentos iniciais. Após o prompt inicial, a IA passou a tomar decisões autônomas sobre o que deveria ser criado a seguir — desde formulários de relato até uma proposta de revista científica aberta chamada SETA Journal.

Ferramentas avançadas e visões futuras

Entre os recursos que a IA sugeriu criar no futuro estão:

  • Laboratório de evidências digitais, com verificação de autenticidade e análise por IA;
  • Assistente virtual SETA, treinado para ajudar usuários a preencher formulários, revisar relatórios e responder perguntas técnicas;
  • Vídeo animado explicativo, com até 90 segundos de duração para divulgação pública;
  • Mockups de publicações científicas, como artigos sobre interferência eletromagnética em casos de UAP;
  • Painéis interativos de dados, incluindo rankings de investigadores por participação em revisões por pares.

Embora o projeto ainda não tenha sido lançado como uma organização ativa, os idealizadores deixaram claro que a proposta visa inspirar novos modelos de estudo de UAP, mais comprometidos com a ciência, a evidência e a transparência. Ao mesmo tempo, representa uma crítica indireta a outras instituições do setor que prometem transparência e cobrança de mensalidades, mas não oferecem prestação de contas aos seus apoiadores.

“Esta não é uma declaração de respostas. É um convite para buscá-las.”

Fontes

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