Em entrevista exclusiva ao Ask a Pol, o senador Mike Rounds (R-SD), membro das Comissões de Serviços Armados e Inteligência, comentou sobre as recentes discussões em torno do UAP Disclosure Act no National Defense Authorization Act (NDAA) de 2024. Apesar das expectativas de avanços significativos na transparência sobre os Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAPs), o senador revelou que ainda há incertezas sobre a inclusão efetiva das disposições do UAP Disclosure Act na versão final do NDAA.
Reunião com o Novo Chefe da AARO
Durante a conversa, Rounds destacou sua reunião recente com o Dr. Jon Kosloski, novo chefe do All-Domain Anomaly Resolution Office (AARO) do Pentágono. “Foi uma boa reunião. Acho que ele é tecnicamente muito competente e fiquei impressionado com ele,” afirmou Rounds. Ele mencionou que Kosloski teve oportunidades para interagir com diversas pessoas, o que, segundo ele, pode ser positivo para a confiança de possíveis informantes.
Perspectivas para o UAP Disclosure Act
Quando questionado sobre a possibilidade do UAP Disclosure Act ser aprovado no NDAA, Rounds respondeu que ainda é cedo para afirmar. “Nós nos encontramos e ainda não chegamos tão longe neste ponto,” disse ele. Embora haja menções ao fenômeno UAP no NDAA, Rounds não confirmou se as disposições do UAP Disclosure Act serão incluídas conforme os anseios dos defensores da transparência.
Continuidade dos Relatórios ao Congresso
Apesar das incertezas, três provisões importantes do UAP Disclosure Act conseguiram sobreviver ao desmantelamento na versão final do NDAA. Uma delas é a obrigatoriedade de que o Departamento de Defesa continue fornecendo relatórios periódicos ao Congresso sobre as investigações de UAPs. “Esses relatórios garantem que o tema UAP permaneça na agenda legislativa,” explicou Rounds, ressaltando a importância desse mecanismo para manter a atenção do governo sobre o fenômeno.
Supervisão Externa e Proteção para Informantes
Outra provisão mantida é a exigência de supervisão externa nas investigações sobre UAPs, garantindo que cientistas e comissões independentes participem dos processos. Além disso, a proteção legal para informantes também foi preservada, permitindo que denunciantes compartilhem informações confidenciais sem medo de retaliações. Rounds enfatizou que essas medidas são “fundamentais para trazer mais credibilidade às investigações” e para incentivar a revelação de informações sobre programas secretos relacionados a UAPs.
Desafios e Esperanças Futuras
Rounds reconheceu que, embora o desacobertamento completo tenha sido adiado, as provisões restantes ainda representam avanços significativos. “A proteção para informantes pode ser o maior trunfo a longo prazo,” afirmou, indicando que essa medida pode levar a novas revelações sobre o fenômeno UAP. Ele também mencionou a importância de estabelecer um processo que permita a descoberta do que pode estar ocorrendo nos céus sem comprometer a segurança nacional.