Na última terça-feira, Jon Kosloski, diretor do Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios (AARO) do Pentágono, participou de uma audiência perante uma subcomissão do Senado dos Estados Unidos, onde afirmou que não existem evidências verificáveis de vida extraterrestre relacionadas a fenômenos aéreos não identificados (UAP). A sessão, considerada por alguns como um “boas-vindas ao novo diretor”, teve um tom leniente, com poucos questionamentos incisivos, mas destacou casos anômalos que permanecem sem solução.
Casos Não Resolvidos Destacados
Orbe Laranja no Oeste dos EUA
Um oficial da lei relatou a observação de um orbe laranja flutuando a centenas de metros do solo. Ao se aproximar, percebeu um objeto “mais preto que o preto”, do tamanho de um carro, que se inclinou em um ângulo de 45 graus antes de acelerar verticalmente em silêncio. Ao desaparecer de vista, o objeto emitiu luzes vermelhas e azuis brilhantes, sem sinais visíveis de propulsão.
Cilindro Metálico no Sudeste dos EUA
Dois contratados do governo observaram um cilindro metálico estacionário do tamanho de um avião comercial. Após 15 a 20 segundos, o objeto desapareceu, sem explicação plausível para sua movimentação ou tamanho.
Objeto Entre Aeronaves
Durante um voo paralelo de duas aeronaves, um objeto pequeno passou rapidamente entre elas. Embora a análise inicial sugira que o objeto estava mais distante do que parecia, a falta de metadados impede uma conclusão definitiva.
Análise do Fenômeno “GOFAST”
Um dos casos discutidos foi o famoso vídeo “GOFAST”, divulgado em 2017, que mostra um objeto aparentemente em alta velocidade sobre a água. Kosloski afirmou que, através de análise geoespacial e trigonometria, concluiu que o objeto não estava próximo à água, mas a aproximadamente 13.000 pés de altitude. Ele atribuiu a aparência de velocidade ao paralaxe, um efeito de percepção visual.
Debate sobre Transparência e Dados
Kosloski destacou que o AARO possui cerca de 1.600 relatos de UAPs, dos quais apenas uma pequena porcentagem é considerada anômala. Ele enfatizou a necessidade de aumentar a quantidade, qualidade e diversidade dos dados coletados para aprimorar as investigações. Mencionou também os desafios na obtenção de dados detalhados e os esforços para desclassificar materiais, ressaltando que a classificação frequentemente está relacionada à sensibilidade dos métodos de coleta de informações.
Reações e Críticas
Apesar das declarações oficiais, especialistas e ex-militares permanecem céticos. Ryan Graves, cofundador da Americans for Safe Aerospace, criticou a resposta do Pentágono, afirmando que o vídeo “GOFAST” nunca foi realmente esclarecedor e que há mais objetos no céu do que os inicialmente reportados.
“Eu argumentaria que alguns desses casos não estão realmente desbancados ou desinteressantes”, disse Graves. “Se algum dia o escritório aeroespacial conversasse com os pilotos envolvidos nesse incidente, saberiam que havia uma formação maior de objetos operando na área.”
Futuras Investigações e Transparência
Kosloski ressaltou o compromisso do escritório em aumentar parcerias dentro e fora do governo e em eliminar o estigma associado ao reporte de UAP, incentivando mais pessoas a compartilharem informações sem receio.
“Deve haver zero estigma associado ao reporte de UAP”, declarou.
Open/Closed: To receive testimony on the… | U.S. Senate Committee on Armed Services