Marinha dos EUA Publica Documentos sobre Fenômenos Aéreos Não Identificados

A Marinha dos Estados Unidos divulgou recentemente documentos de briefing sobre Fenômenos Aéreos Não Identificados (FANIs) através da Lei de Liberdade de Informação (FOIA), conforme reportado pelo The Black Vault. Esses documentos, originalmente solicitados pela organização e inicialmente negados devido a longos tempos de processamento, foram parcialmente liberados após apelos bem-sucedidos que pressionaram a Marinha a reconsiderar e acelerar a divulgação.

Detalhes dos Documentos Divulgados

Os briefings, elaborados entre 2020 e 2021 pelo Office of Naval Intelligence (ONI) e pela Task Force de Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAPTF), eram destinados a comitês de defesa de alto nível e autoridades, incluindo o House Armed Services Committee (HASC) e o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA. Apesar das informações permanecerem amplamente redigidas para proteger a segurança nacional, os documentos revelam detalhes significativos sobre os FANIs e a percepção das agências americanas sobre esses fenômenos aéreos como possíveis ameaças.

Natureza das Redações e Segurança Nacional

Todos os documentos contêm extensas redações sob a exceção (b)(1), ocultando informações críticas para a segurança nacional. A própria classificação dos documentos também foi mantida em sigilo, destacando a sensibilidade dos briefings. A UAPTF, operando sob a ONI, liderou um esforço interagencial para coletar, analisar e compartilhar dados operacionais, científicos e técnicos sobre os FANIs, visando entender suas implicações para a segurança da aviação e a segurança nacional dos EUA.

Encontros com FANIs e Características Incomuns

Os documentos destacam a frequência dos encontros com FANIs próximos a áreas de treinamento militar e espaço aéreo sensível, onde objetos, referidos como “Range Foulers”, interferem nas operações aéreas. Tripulações aéreas dos EUA descreveram encontros próximos e frequentemente perturbadores com esses objetos, que exibem características de voo avançadas e não tradicionais, detectados por múltiplos sensores, incluindo radar e infravermelho.

Esforços para Remover Estigmas e Melhorar Relatórios

A tarefa da UAPTF, detalhada no briefing de 17 de maio de 2021, é centralizar esses dados e remover o estigma associado à denúncia de incidentes, incentivando mais tripulações aéreas a relatar avistamentos sem medo de represálias profissionais. Segundo os documentos, esses relatórios são vistos como críticos para antecipar e abordar potenciais ameaças de tecnologia estrangeira e inteligência.

Colaboração Interagencial e Análise de Dados

Os briefings revelam que a UAPTF estava trabalhando ativamente com parceiros do Departamento de Defesa, bem como com agências como a NASA, a Federal Aviation Administration e a comunidade de inteligência, para expandir as capacidades de análise de dados. Um framework está em vigor para utilizar esses relatórios para “ativar vários outros meios avançados de rastreamento e análise” em múltiplas agências, indicando a alta prioridade dada à compreensão e mitigação dos riscos associados aos encontros com FANIs.

Abordagem Abrangente para Análise de Incidentes

Cada documento enfatiza a necessidade de desenvolver uma abordagem abrangente para analisar incidentes de FANIs, com especialistas dos setores de ciência, inteligência e tecnologia contribuindo para o processo. A UAPTF é encarregada de preparar avaliações periódicas para o Congresso, com esforços direcionados para aprimorar a coleta de dados, análise e estabelecimento de padrões de relatório mais eficientes.

Fontes

Compartilhar

Relacionadas