A recente análise do famoso metamaterial de bismuto pela Oak Ridge National Labs, contratada pela AARO (All-domain Anomaly Resolution Office), gerou respostas contundentes de dois renomados pesquisadores: Gary Nolan e Hal Puthoff. Vamos explorar as principais críticas e pontos de vista apresentados por esses especialistas.
Críticas de Gary Nolan
Gary Nolan, um renomado cientista, expressou sua insatisfação com o relatório da AARO. Segundo Nolan, o relatório carece de transparência e verificação científica adequada. Ele destaca que, sem a liberação dos arquivos de dados brutos que sustentam as conclusões do relatório, os resultados não podem ser considerados dados válidos. Nolan questiona a credibilidade do relatório, afirmando que ele não passou por revisão por pares, um passo essencial para garantir a validade dos resultados científicos .
Nolan sugere que a falta de revisão por pares e a não divulgação dos dados brutos indicam que o relatório pode ser uma manobra midiática, ao invés de uma análise científica genuína. Ele argumenta que tais ações são típicas de desinformação e propaganda, o que é um grande problema em investigações científicas sobre fenômenos inexplicáveis .
Resposta de Hal Puthoff
Hal Puthoff, um físico e pesquisador com décadas de experiência, também criticou o relatório da AARO. Puthoff destacou que a conclusão de que as proporções isotópicas do material correspondem às de materiais terrestres não exclui a possibilidade de uma origem anômala ou avançada para o material .
Puthoff propôs várias hipóteses para explicar as características únicas do metamaterial de bismuto, incluindo a possibilidade de que a estrutura nanocristalina aleatória das camadas de bismuto possa ser resultado de um processo de fabricação avançado ou de uma randomização induzida por um impacto, como um acidente de UFO. Ele também ressaltou a dificuldade bem documentada de unir camadas de bismuto e magnésio, sugerindo que isso poderia indicar um processo de fabricação sofisticado, mesmo que os componentes sejam de origem terrestre .
O Contexto do Debate
O debate sobre o metamaterial de bismuto e a análise da AARO reflete uma questão mais ampla sobre a transparência e a metodologia das investigações sobre fenômenos aéreos não identificados (UAPs). A AARO, criada para resolver anomalias em todos os domínios, enfrenta críticas sobre sua credibilidade devido a análises anteriores falhas e conclusões controversas.
Christopher Sharp, outro pesquisador na área, comentou que a AARO criou uma “legado de desgraça” com suas análises históricas e lógicas falhas, tornando difícil confiar em qualquer nova análise, mesmo que seja conduzida de boa fé .
Conclusão
As críticas de Gary Nolan e Hal Puthoff ao relatório da AARO sobre o metamaterial de bismuto destacam a necessidade de maior transparência e rigor científico nas investigações de UAPs. A liberação dos dados brutos e a revisão por pares são essenciais para validar qualquer conclusão científica e evitar a propagação de desinformação. Enquanto isso, a comunidade científica e o público continuam a esperar por respostas claras e verificáveis sobre a natureza desses materiais e fenômenos.
Fontes
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