Gary Nolan, afirma que fenômeno UAP envolve múltiplas inteligências não-humanas em conflito

Durante entrevista ao podcast Change Agents, o imunologista e professor da Universidade de Stanford Gary Nolan defendeu que há fortes evidências de que o fenômeno UAP (Fenômenos Aéreos Não Identificados) envolve múltiplos grupos de inteligências não-humanas, que não operam sob uma estrutura de comando comum e podem estar em tensão entre si. Embora Nolan seja cuidadoso ao não concluir que sejam “extraterrestres”, ele reconhece que o volume de dados e testemunhos aponta para a atuação de entidades com capacidades tecnológicas além da compreensão atual da ciência.

🔗 Fonte: Entrevista completa – Change Agents (Ironclad Originals)

Evidências e hipóteses de conflito entre inteligências

Ao ser questionado sobre o que o governo dos EUA pode estar escondendo sobre o fenômeno, Nolan afirmou que há evidência de que não se trata de uma única origem ou grupo. Ele comparou a situação aos conflitos coloniais entre potências europeias nos séculos XVII e XVIII, sugerindo que essas inteligências podem disputar recursos ou até mesmo o controle sobre o planeta.

“Há evidências de que o que estamos lidando não compartilha uma estrutura de comando comum. Parece haver muitos grupos, possivelmente em tensão entre si”, declarou Nolan.

Apesar disso, ele ressalta que evidência não equivale a conclusão. Segundo o professor, o papel da ciência é formular hipóteses e investigar com base em dados, e não criar dogmas.

A atuação da Sol Foundation e o papel dos acadêmicos

Nolan é cofundador da Sol Foundation, uma entidade que busca criar um espaço acadêmico legítimo para estudar os impactos filosóficos, políticos e científicos da possível presença de inteligências não-humanas na Terra. A fundação já produziu white papers e contribuiu com propostas para novas legislações voltadas à transparência governamental sobre UAPs.

O cientista critica a relutância histórica da academia em participar do debate por medo de danos à reputação. Segundo ele, isso está mudando: “Hoje posso dar palestras em Harvard sobre o tema e ser respeitado por isso. Os próprios colegas querem conversar sobre UAPs no jantar.”

Aproximação com o governo e casos clínicos

Nolan revelou que começou a se envolver com o tema após ser procurado por representantes da CIA e da indústria aeroespacial que lhe apresentaram exames de militares e diplomatas com lesões cerebrais inexplicáveis. Ele conduziu análises e entrevistas com cerca de 100 pessoas, muitas com sintomas semelhantes à “síndrome de Havana”. Para ele, as experiências relatadas são reais, ainda que as causas exatas não estejam claras.

A crítica à falta de transparência e aos orçamentos secretos

Durante a conversa, Nolan critica o sistema de orçamentos ocultos (“black budgets”) que financiam programas secretos, supostamente ligados à engenharia reversa de tecnologias recuperadas. Ele menciona nomes como David Grusch e Eric Davis como fontes confiáveis, e afirma que, se os relatos forem verdadeiros, o governo estaria em posse de múltiplas naves e materiais exóticos.

Alguns desses materiais, segundo ele, têm propriedades térmicas e estruturais “quase impossíveis” de serem replicadas com a tecnologia atual e parecem ter sido manipulados em nível atômico.

A ciência e o mistério do fenômeno

Para Nolan, o fenômeno UAP deve ser encarado como uma “pergunta zen”: é interessante independentemente da resposta. Se não forem entidades de origem externa, o fenômeno pode revelar algo profundo sobre a mente humana, a consciência ou até mesmo a natureza da realidade.

Ele também propõe a criação de um órgão civil, financiado pela iniciativa privada, com cientistas capazes de avaliar tecnologias eventualmente recuperadas e usá-las para fins públicos e não apenas militares.

Declarações sobre o futuro da humanidade e inteligência artificial

Nolan destaca que civilizações tecnológicas avançadas poderiam ter surgido há bilhões de anos e deixado sementes — ou artefatos — pela galáxia. Ele argumenta que não é necessário viajar mais rápido que a luz para atingir outros mundos, e que a vida pode ter começado fora da Terra e sido semeada aqui (panspermia).

Ele encerra a entrevista dizendo que a simples existência do fenômeno já é um dado legítimo, e que qualquer alegação — seja de origem alienígena ou não — deve ser sustentada com métodos e dados, e não apenas com hipóteses ou ceticismo dogmático.

“Não diga que é um balão se você não tem os dados para provar que é um balão, assim como eu não posso dizer que é ET sem ter os dados para isso”, finaliza.


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