Físico Alerta sobre o Perigo de Enviar Mensagens para Extraterrestres: “Estamos Aqui e Somos Saborosos”

O renomado físico e astrônomo Adam Frank, professor de Astrofísica na Universidade de Rochester, Nova York, expressou sérias preocupações sobre a tentativa de se comunicar com inteligências extraterrestres. Em uma entrevista recente ao podcast 5 Live Science, Frank comparou a prática de enviar mensagens ao espaço com “enfiar a cabeça para fora da grama e dizer: ‘Estamos aqui e somos saborosos'”. Ele alertou que, embora exista a possibilidade de vida microbiana no universo, é prudente manter um perfil discreto, já que não sabemos o que pode estar “do outro lado”.

O Debate Sobre o METI: A Comunicação com Inteligências Extraterrestres

O foco da preocupação de Adam Frank está na iniciativa conhecida como METI (Messaging Extraterrestrial Intelligence, ou Mensagens para Inteligência Extraterrestre), que envolve a emissão deliberada de sinais para o espaço na esperança de estabelecer contato com civilizações alienígenas. Frank não esconde seu ceticismo em relação a essa prática, argumentando que, embora já estejamos emitindo sinais de rádio para o cosmos, estes são relativamente fracos e pouco direcionados, comparados ao “grito” que o METI representaria.

Segundo Frank, a história da Terra sugere que a evolução de vida inteligente pode ser um processo raro e complexo. Ele acredita que, embora a vida microbiana possa ser comum no universo, a evolução de seres inteligentes, como os humanos, poderia ser um fenômeno bem mais raro. Essa visão é corroborada pelo fato de que, até recentemente, muitos cientistas acreditavam que planetas semelhantes à Terra eram extremamente raros.

A Explosão de Possibilidades para a Vida no Universo

Desde a descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar em 1995, a compreensão da abundância de planetas habitáveis tem mudado drasticamente. Frank destaca que agora sabemos que praticamente todas as estrelas no céu têm planetas ao seu redor, e muitas dessas estrelas abrigam planetas que estão na “zona habitável”, onde a água líquida — essencial para a vida como a conhecemos — poderia existir.

Apesar dessa explosão de possibilidades, Frank adverte que estatísticas e probabilidades ainda são apenas suposições até que a vida seja realmente encontrada em outros lugares. Ele argumenta que o aumento das chances estatísticas de vida no universo não significa que devemos ser proativos em tentar chamar a atenção de outras civilizações. “Pode ser que a melhor decisão seja simplesmente manter um perfil baixo”, afirmou o cientista.

A Precaução e o Futuro da Busca por Vida Extraterrestre

Como um dos principais especialistas nos estágios finais da evolução das estrelas, Adam Frank tem uma visão equilibrada entre otimismo e cautela. Embora seja entusiasta sobre as chances de encontrar vida microbiana no universo, ele mantém uma postura de prudência quanto ao METI, sugerindo que ainda sabemos muito pouco sobre as possíveis consequências de tentar se comunicar com outras formas de vida inteligentes.

No contexto brasileiro, onde o interesse por assuntos relacionados ao espaço e à vida extraterrestre tem crescido, as palavras de Frank servem como um lembrete sobre a importância de considerar cuidadosamente as implicações de nossas ações no cenário cósmico.

Para mais informações sobre essa discussão e outras notícias sobre ciência e tecnologia, confira o artigo completo na Daily Star.

Compartilhar

Relacionadas