Exclusão da Lei de Divulgação de UAP Levanta Questões: Resistências Políticas e Esperança em Audiências Futuras

A exclusão da Unidentified Anomalous Phenomena Disclosure Act (UAPDA) do National Defense Authorization Act (NDAA) para o ano fiscal de 2025 levantou mistério, confusão e acusações de interferência política. A legislação, que visa trazer maior transparência sobre fenômenos anômalos não identificados (UAPs), encontrou forte oposição no Senado, embora ainda haja uma possibilidade de revisão após as eleições de novembro. Este revés reflete a complexidade das negociações políticas e dos interesses por trás de tecnologias potencialmente avançadas e extraterrestres.

O que é o UAPDA e sua importância:
O UAPDA tem como objetivo exigir que as agências governamentais e militares dos EUA compartilhem todas as informações relacionadas a UAPs com o público, aumentando a transparência sobre fenômenos anômalos que muitos acreditam estar sendo encobertos. Um dos principais pontos da legislação é a criação de um comitê de revisão independente, que seria responsável por avaliar e divulgar esses dados de maneira controlada, permitindo que o público tenha acesso a informações que há décadas são mantidas em segredo. Isso também inclui a coleta de informações sobre “biológicos não humanos” e a recuperação de tecnologia alienígena, caso existam.

Resistências e interferências políticas:
De acordo com o Liberation Times, a proposta do UAPDA foi bloqueada principalmente devido à resistência de figuras políticas influentes, como o senador Rand Paul, embora sua equipe tenha negado essas alegações. Segundo fontes do UAP Disclosure Fund, o verdadeiro obstáculo veio do senador Mitch McConnell, líder da minoria no Senado, que teria agido para impedir a inclusão do UAPDA no NDAA. Isso ecoa a resistência encontrada no ano anterior, quando o UAPDA foi “diluído” após pressões de representantes como Mike Turner, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, e Mike Rogers, presidente do Comitê de Serviços Armados.

Há indícios de que esses congressistas estão fortemente ligados ao setor de defesa e inteligência dos EUA, e muitos especulam que a resistência ao UAPDA decorre do receio de que informações confidenciais, como o desenvolvimento de tecnologia avançada, sejam expostas ao público. O jornalista Richard Dolan sugeriu que esses membros do Congresso evitam se pronunciar publicamente por temerem a reação popular, pois as pesquisas indicam que a maioria dos cidadãos americanos apoiaria maior transparência em relação aos UAPs.

Impacto da exclusão e interesses ocultos:
A exclusão do UAPDA tem implicações profundas. Para o público, significa um retrocesso na busca por maior transparência governamental sobre os UAPs, enquanto para o governo, é uma forma de manter programas secretos longe do escrutínio público. Há preocupações de que elementos dentro da comunidade de defesa e inteligência estejam obstruindo a divulgação para proteger seus interesses em tecnologias potencialmente revolucionárias. Muitas dessas tecnologias podem estar sendo estudadas e desenvolvidas por grandes empresas contratadas pelo governo, como a Lockheed Martin, que possuem contratos privilegiados com a CIA e outras agências.

De acordo com investigações de Christopher Sharp, do Liberation Times, há indícios de que o acesso a tecnologias de origem não humana pode estar no centro dessas disputas. Contratados do setor de defesa, como Lockheed Martin e novos jogadores como Radiance Technologies, estariam competindo pelo controle dessas tecnologias exóticas, o que torna a transparência uma ameaça direta aos seus interesses financeiros e estratégicos.

Uma última esperança: audiências e eleições:
Apesar do bloqueio, o senador Mike Rounds afirmou que ainda há uma pequena chance de o UAPDA ser inserido nas negociações finais do NDAA após as eleições de novembro. Essas negociações podem ser influenciadas pelas audiências públicas sobre UAPs programadas para ocorrer no Senado e na Câmara. As audiências serão conduzidas por figuras como a senadora Kirsten Gillibrand, presidente do Subcomitê de Ameaças Emergentes e Capacidades, que foi fundamental na criação do All-domain Anomaly Resolution Office (AARO) do Pentágono. Gillibrand quer um relatório detalhado sobre a investigação e análise dos UAPs, assim como exemplos de fenômenos que já foram explicados e aqueles que permanecem sem explicação.

Outro testemunho importante virá do almirante aposentado Tim Gallaudet, que expressou interesse em investigar UAPs nos oceanos e mantém contato com denunciantes de alto nível que afirmam que várias espécies de inteligência não humana já visitaram a Terra. A expectativa é que esses depoimentos tragam à tona novas revelações que podem pressionar o Congresso a reconsiderar sua postura sobre o UAPDA.

Conclusão:
A exclusão do UAPDA continua envolta em mistério e acusações cruzadas, com poucos parlamentares dispostos a assumir publicamente a responsabilidade pela resistência. No entanto, a pressão de grupos de defesa da transparência e as próximas audiências sobre UAPs no Congresso oferecem uma esperança de que, com informações mais concretas e testemunhos poderosos, o caminho para a aprovação da lei possa ser reaberto. Se o Congresso não agir, pode ser que a decisão final recaia sobre a presidência, com potencial para que tanto Kamala Harris, devido à sua experiência no Comitê de Inteligência do Senado, quanto uma possível nova administração de Donald Trump, exerçam papel importante no futuro dessa legislação.

Artigo no Liberation Times sobre o UAPDA

Artigo no Richard Dolan Members: Por que o UAP Disclosure Act falhou

Vídeo no YouTube: Richard Dolan Show – Por que o UAP Disclosure Act falhou

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