DESPERTANEWS

Operação Interloper: A “armadilha” nuclear para UAPs

Em uma entrevista recente no canal do YouTube The Shawn Ryan Show, Lou Elizondo, ex-diretor do Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (AATIP), compartilhou detalhes sobre o crescente interesse militar em Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs), ou, como são oficialmente conhecidos, Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAPs, na sigla em inglês). Durante a conversa, Elizondo abordou tanto a mudança de nomenclatura quanto as tentativas militares de investigar esses fenômenos e as polêmicas em torno da divulgação de informações.

Mudança de UFO para UAP: Por que o governo mudou o termo?

Segundo Elizondo, a mudança de terminologia de OVNI para UAP ocorreu em parte para evitar o estigma associado ao termo “OVNI”, que por décadas foi vinculado a teorias conspiratórias e especulações sem base científica. No entanto, Elizondo também ressaltou que a mudança se deu por motivos técnicos: “OVNI” se refere a um objeto voador não identificado, implicando que o fenômeno se limita ao céu e ao voo, com características como asas, lemes ou sistemas de propulsão. No entanto, os UAPs observados pelo governo não se restringem a essas características. Alguns desses objetos foram avistados não apenas no céu, mas também embaixo d’água e até em órbita terrestre baixa. Dessa forma, o termo “fenômeno” se mostrou mais adequado para descrever as capacidades extraordinárias e não convencionais desses objetos.

Imagens e vídeos classificados: A verdade sobre a qualidade das evidências

Um dos pontos mais intrigantes da entrevista foi a revelação de que o governo possui vídeos de UAPs em qualidade 4K, mas essas evidências permanecem classificadas. Elizondo explicou que as imagens granuladas e de baixa resolução, amplamente divulgadas ao público, são versões desclassificadas, já que os Estados Unidos estão cautelosos em expor suas verdadeiras capacidades de coleta de dados de inteligência. Isso faz parte de uma estratégia de segurança, uma vez que revelar o nível de tecnologia dos EUA poderia dar vantagem a possíveis inimigos.

Quando questionado sobre a frustração de que as evidências disponíveis ao público são sempre de baixa qualidade, Elizondo confirmou que existem gravações muito mais nítidas, mas que permanecem inacessíveis ao público. “Nós temos vídeos em 4K, absolutamente”, afirmou. “O problema é que eles ainda são confidenciais.”

Operação Interloper: A “armadilha” nuclear para UAPs

Outro ponto interessante da entrevista foi a discussão sobre a “Operação Interloper”, uma iniciativa criada para estudar UAPs em detalhes. Elizondo revelou que os UAPs demonstram um interesse incomum em áreas que abrigam instalações nucleares. Isso foi observado em torno de submarinos, navios porta-aviões e até em instalações militares. A operação foi desenvolvida com o objetivo de criar uma espécie de “armadilha” para atrair UAPs, aumentando significativamente a presença de tecnologia nuclear em um único local no oceano, maior que o estado de Nova York. A ideia era usar essa concentração como isca para atrair os UAPs e, então, coletar dados valiosos sobre suas capacidades tecnológicas.

Entretanto, a operação foi cancelada no último minuto, sem explicação oficial. Elizondo especula que isso pode ter ocorrido devido à proximidade de outro programa secreto que o governo americano estaria conduzindo em paralelo para estudar os UAPs. “Nós não podemos provar, mas temos razões para acreditar que estávamos chegando muito perto de um outro programa governamental sobre UAPs”, afirmou.

Segredos militares e o papel de Elizondo após deixar o governo

Mesmo após deixar o Departamento de Defesa, Elizondo continua a atuar como consultor do governo em questões de segurança nacional relacionadas a UAPs. Ele mantém seu nível de acesso a informações confidenciais e, em várias ocasiões, foi chamado para fornecer assistência ao governo em investigações contínuas. Esse relacionamento contínuo com as autoridades alimenta ainda mais a discussão sobre até onde vão os conhecimentos do governo americano em relação a esses fenômenos e se há informações ainda mais impactantes sendo mantidas em segredo.

Conclusão: O mistério continua

A entrevista de Lou Elizondo traz à tona uma série de questões sobre o que o governo dos EUA sabe sobre os UAPs e o porquê de tantas informações continuarem ocultas. Se, por um lado, o avanço da tecnologia tem permitido uma melhor coleta de dados, por outro, as limitações impostas pela segurança nacional mantêm o público no escuro. A dúvida permanece: até que ponto o governo está disposto a compartilhar o que sabe sobre esses fenômenos extraordinários?

Fonte: The Shawn Ryan Show no YouTube

Compartilhar

Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *