Estudo sugere que sondas alienígenas autorreplicantes podem estar ocultas na Lua

O engenheiro Alex Ellery, do Centre for Self-Replication Research da Universidade Carleton (Canadá), publicou um estudo recente sugerindo que provas de tecnologia alienígena autorreplicante podem estar escondidas na Lua ou em outros corpos do sistema solar. O artigo, intitulado “Technosignatures of Self-Replicating Probes in the Solar System” (outubro de 2025), ainda não passou por revisão por pares, embora dê continuidade a trabalhos anteriores do mesmo autor já revisados e publicados em periódicos como o International Journal of Astrobiology.


Contexto

Ellery revisita o conceito das chamadas “sondas de von Neumann” — máquinas capazes de se reproduzir usando recursos locais — como estratégia lógica de exploração galáctica. Ele propõe que civilizações antigas poderiam ter enviado tais sondas para mapear e industrializar sistemas estelares ricos em metais, com a Lua funcionando como base de manufatura devido à sua estabilidade e à abundância de elementos úteis.


Evidências e hipóteses

  • Isótopos anômalos na Lua: o estudo sugere buscar assinaturas de reatores nucleares antigos, como variações nas proporções de tório-232 / neodímio-144 e tório-232 / bário-137, possíveis resíduos de reatores de tório usados por máquinas autorreplicantes.
  • Mineração artificial: traços de processamento químico em asteroides e depósitos de silicatos desidratados poderiam indicar atividade industrial não natural.
  • Artefatos soterrados: a Lua seria o melhor local para esconder tecnologias deixadas como “presentes” para futuras civilizações tecnológicas — um conceito que o autor relaciona a um “comércio antecipado” entre espécies.
  • Sistemas de energia: Ellery descreve como tais sondas poderiam construir reatores tipo Magnox com recursos lunares, operando por milhões de anos sem suporte biológico.

Repercussão

A hipótese reacende o debate sobre o “paradoxo de Fermi”, que questiona por que não há sinais diretos de civilizações avançadas. Ellery argumenta que, se sondas autorreplicantes são o meio mais racional de exploração, então a ausência de contato direto pode indicar que essas máquinas já estão aqui, operando silenciosamente.

O pesquisador também defende o uso de algoritmos de aprendizado de máquina para detectar anomalias em imagens lunares de alta resolução, apontando que métodos recentes já conseguiram identificar locais de pouso das missões Apollo como “anomalias tecnológicas”.


Próximos passos

O estudo recomenda incluir a busca por tecnossinaturas lunares nas futuras missões Artemis e Chang’e, priorizando a análise isotópica de regiões ricas em tório, como Oceanus Procellarum e Compton-Belkovich. Ellery conclui que o avanço da industrialização lunar humana pode, inadvertidamente, revelar evidências diretas de tecnologia extraterrestre antiga.


Fontes

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