Enxame de drones em formação de diamante desativa espaço aéreo da base Wright-Patterson, em Ohio

Um enxame de drones voando em formação de diamante e que passou despercebido pelos sistemas de defesa provocou o fechamento do espaço aéreo da base aérea Wright-Patterson, em Ohio, na noite de 13 de dezembro de 2024, segundo documentos obtidos pelo site Liberation Times por meio da Lei de Acesso à Informação dos Estados Unidos.

Os registros incluem um relatório de incidente e dois depoimentos de militares da 88ª Esquadrão de Forças de Segurança da base, revelando que os dispositivos não tripulados burlaram o sistema de detecção NINJA, usado pela Força Aérea dos EUA para identificar ameaças aéreas. O caso está sendo tratado como parte de uma série preocupante de invasões semelhantes ocorridas em bases estratégicas nos EUA, Reino Unido e Alemanha.

NomeCargoCidadePrograma/Órgão envolvido
Lue ElizondoEx-líder do AATIP (Pentágono)Proponente da política EADT
Oficiais não identificadosMajor-General, Brigadeiro e 7 militares da segurançaWright-Patterson, Ohio88ª Esquadrão de Segurança

Drones não detectados por sistema avançado

O primeiro drone foi avistado às 22h08, voando perto da área de cargas perigosas e logo em seguida sobrevoando a pista oeste da base. Era preto, com quatro hélices, cerca de 15 centímetros, e luzes vermelhas e verdes intermitentes. Apesar da proximidade, o sistema NINJA não detectou nenhum objeto.

Minutos depois, quatro drones foram vistos voando em formação de diamante, o que alarmou as equipes de segurança. O controle de tráfego aéreo determinou o fechamento imediato do espaço aéreo da base às 22h30.

Formação organizada e possível interferência

Um dos depoimentos descreve os drones como quadrotores com luzes vermelhas e verdes, que, ao serem iluminados pelo farol de um veículo militar, mudaram de altitude e se afastaram rapidamente. O militar relatou ainda queda no sinal de rádio durante o contato visual com os dispositivos, o que levanta suspeitas de uso de tecnologia de interferência eletrônica.

Tendência global preocupa autoridades

O caso em Wright-Patterson se soma a ocorrências similares em 2023 na base Langley (Virgínia) e em 2024 na base RAF Lakenheath (Reino Unido). Todas registraram falhas em sistemas de vigilância e atuação coordenada de drones.

Em janeiro de 2025, a nova administração Trump chegou a afirmar que alguns drones tinham autorização da FAA para fins de pesquisa e seriam operados por civis locais. No entanto, a FAA impôs restrições de voo sobre partes de Nova Jersey e Nova York, o que contradiz essa narrativa.

Um documento de política entregue à Casa Branca propôs a criação de um “czar” para Tecnologias Emergentes de Domínio Total (EADT). A proposta, elaborada por Lue Elizondo, destaca que é cada vez mais difícil distinguir drones (UAS) de fenômenos anômalos não identificados (UAP), o que compromete a segurança nacional.

“A presença de UAP e UAS em torno de instalações nucleares nos EUA é especialmente alarmante, pois coloca em risco nossa capacidade de dissuasão estratégica e a estabilidade internacional.” — Lue Elizondo

A identidade dos responsáveis pelas incursões segue desconhecida. O Departamento de Defesa confirmou que FBI, Departamento de Segurança Interna e FAA não conseguiram determinar quem está por trás dos voos.

Fontes

https://www.liberationtimes.com/home/insider-accounts-detail-how-diamond-formation-drone-swarm-evaded-detection-triggering-wright-patterson-airspace-shutdown
Compartilhar

Relacionadas