A deputada Nancy Mace (R-SC) destacou, durante entrevista ao podcast Threat Status do The Washington Times, suas preocupações com a falta de transparência em torno dos Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAPs) e o possível acobertamento de informações relacionadas pelo governo dos Estados Unidos. Mace afirmou que o excesso de sigilo alimenta desconfiança pública e representa um risco à segurança nacional.
Orçamento secreto e violação de leis
Mace denunciou a classificação de informações como o orçamento do Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios (AARO). “Eu sei quanto o AARO custa por ano, mas não posso dizer porque o número é classificado, e ele não é baixo,” declarou. Além disso, levantou a possibilidade de que empresas privadas possam estar controlando tecnologias avançadas relacionadas a UAPs, evitando supervisão do Congresso. “Se isso é verdade, estão burlando a Constituição? Sim. Isso é ilegal? Sim,” afirmou.
Tecnologias desconhecidas e ameaças estrangeiras
A deputada também questionou se adversários como China e Rússia poderiam ter acesso a tecnologias supostamente escondidas em programas secretos. “Se essa tecnologia existe e está nas mãos de contratantes privados, há espiões chineses nessas organizações? China, Rússia ou Irã têm acesso a isso?” perguntou Mace.
Encontros com UAPs e mistério
De acordo com o relatório mais recente do AARO, 757 relatos de UAP foram registrados entre 2021 e junho de 2024, muitos ainda sem explicação. Entre eles, drones não identificados foram vistos sobre instalações militares nos EUA e no Reino Unido, incluindo bases estratégicas e locais com infraestrutura nuclear. Mace ressaltou a necessidade de o Congresso receber informações claras sobre essas ocorrências. “Se há uma corrida armamentista, quero garantir que estamos vencendo,” disse.
Acobertamento até mesmo do presidente?
Durante a entrevista, a deputada Nancy Mace questionou se informações críticas estão sendo ocultadas do próprio chefe de Estado. “Estão mantendo o presidente dos Estados Unidos no escuro?” perguntou, destacando a gravidade do sigilo em torno do tema.