O Non-Human Intelligence Research Institute (NHIRI), localizado na Austrália, está liderando uma iniciativa científica ambiciosa para investigar os Fenômenos Anômalos Não Identificados (UAP, na sigla em inglês). Com foco em pesquisas independentes e abordagem científica rigorosa, o instituto busca respostas para uma das maiores questões da humanidade: “Estamos sozinhos no universo?”
Ross Coulthart, jornalista com mais de 30 anos de experiência e chefe de projetos do NHIRI, destacou o compromisso da organização com a busca por evidências concretas sobre a possível interação de inteligências não humanas com o planeta. “Por muito tempo, o tema dos UAP foi estigmatizado e ridicularizado, dificultando avanços científicos,” explicou Coulthart. A instituição utiliza tecnologias avançadas, como radares, câmeras e receptores de áudio e radiação gama, para analisar e medir fenômenos que ainda desafiam explicações convencionais.
Iniciativas e Impacto Global
Fundado pelo empresário de biotecnologia Anton Uvarov no início deste ano, o NHIRI já financiou expedições internacionais, incluindo uma investigação na Amazônia e um projeto de digitalização de documentos históricos na Austrália. Embora os valores investidos não sejam divulgados, o instituto afirma ter recebido propostas de cientistas do mundo inteiro.
Entre os esforços mais recentes está a digitalização de mais de 50 anos de casos australianos envolvendo UAP, agora organizados em um banco de dados com inteligência artificial. Documentos de pesquisadores renomados, como Bill Chalker e Keith Basterfield, incluem eventos como os misteriosos “ninhos de discos voadores” de Tully, registrados em 1966. Segundo Basterfield, apenas 5% dos avistamentos permanecem sem explicação plausível.
Estigma e a Luta por Reconhecimento Científico
A crescente legitimidade do tema UAP ganhou impulso com audiências do Congresso dos EUA e iniciativas de instituições como a NASA, que recentemente nomeou um novo chefe para estudos sobre o assunto. Michael Gold, membro da equipe de estudo independente da NASA, enfatizou a necessidade de superar o estigma que ainda prejudica o diálogo científico aberto sobre o tema.
No entanto, enquanto países como os Estados Unidos avançam em protocolos e investigações, a Austrália permanece sem políticas específicas para registros de UAP por militares ou civis. De acordo com Coulthart, essa lacuna reforça a importância de iniciativas privadas como o NHIRI: “Chegou a hora de investigações independentes realizarem o trabalho que os governos não estão fazendo.”