Cientistas sugerem que vida alienígena microscópica pode existir no oceano subterrâneo da lua Titã, de Saturno

Pesquisadores da Universidade do Arizona apontam que a lua Titã, a maior de Saturno, pode abrigar uma pequena quantidade de vida microscópica em seu vasto oceano subterrâneo. O estudo, publicado no Planetary Science Journal e destacado por portais como The Sun e Gizmodo, levanta a hipótese de que microrganismos poderiam sobreviver por meio de fermentação utilizando compostos orgânicos presentes na superfície da lua, como a glicina.


Uma lua com semelhanças surpreendentes com a Terra

Titã é a segunda maior lua do sistema solar e a única, além da Terra, com líquidos estáveis em sua superfície. Com uma atmosfera densa composta principalmente por nitrogênio e pequenas quantidades de metano, Titã exibe lagos, rios e mares de metano líquido. Abaixo de sua crosta de gelo, que pode ter até 200 quilômetros de espessura, existe um oceano de água líquida, considerado um dos lugares mais promissores para a busca por vida fora da Terra.

Segundo os cientistas, esse ambiente poderia sustentar uma biosfera extremamente pequena, com organismos simples que se alimentam de moléculas orgânicas formadas na atmosfera de Titã e depositadas em sua superfície. No entanto, o transporte dessas moléculas até o oceano subterrâneo é raro e limitado, ocorrendo possivelmente por meio de derretimento localizado do gelo causado por impactos de meteoritos.


Glicina: peça-chave para a vida

O composto orgânico mais promissor nesse cenário é a glicina, o aminoácido mais simples, amplamente detectado em cometas, asteroides e nuvens interestelares. A equipe liderada por Antonin Affholder, da Universidade do Arizona, utilizou simulações para calcular quanta biomassa poderia sobreviver com o aporte de glicina disponível. O resultado foi modesto: o equivalente à massa de um cão pequeno — algo em torno de sete quilos de microrganismos distribuídos por todo o oceano.

Essa quantidade implicaria uma densidade extremamente baixa, inferior a uma célula por litro de água. Ainda assim, a descoberta reforça que, mesmo sob condições inóspitas, a vida pode encontrar formas de existir.


A missão Dragonfly: nova esperança para a busca de vida

Com lançamento previsto para julho de 2028, a missão Dragonfly da NASA deve aprofundar essa investigação. Um drone científico será enviado a Titã, realizando voos sobre suas dunas e coletando dados do solo e da atmosfera. O objetivo é analisar a composição orgânica da superfície e entender se há condições reais para a existência de vida.

A NASA descreve a missão como “a mais ambiciosa já enviada a um corpo celeste”, com capacidade de percorrer mais de 80 quilômetros em terreno alienígena. Essa exploração poderá ser decisiva para esclarecer se Titã possui, de fato, vida em alguma forma.


Conexão com a ufologia

Embora o estudo não trate diretamente de UFOs, sua relevância para a ufologia é evidente. A possibilidade de vida microscópica em Titã reforça a ideia de que a vida extraterrestre pode ser mais comum do que se supunha, mesmo em formas simples e escondidas em ambientes extremos. A existência de uma biosfera alienígena — ainda que minúscula — em nosso próprio sistema solar alimenta especulações e pesquisas sobre inteligências mais complexas em planetas ou luas mais distantes, expandindo os horizontes da investigação ufológica.


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