A NASA divulgou uma imagem intrigante de um buraco com cerca de 100 metros de diâmetro na superfície de Marte, localizado em uma região coberta por gelo seco e marcada por formações que lembram um queijo suíço, devido à presença de múltiplas cavidades naturais. A estrutura, destacada como Astronomy Picture of the Day em 13 de abril de 2025, foi originalmente registrada pela câmera HiRISE da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) em 2017. Segundo especialistas, esse buraco pode ser um portal natural para cavernas subterrâneas, e representa um dos alvos mais promissores na busca por vida alienígena microbiana no planeta vermelho.
Nome | Cargo | Cidade/Local | Programas/Projetos Envolvidos |
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NASA | Agência espacial dos EUA | Estados Unidos | Mars Reconnaissance Orbiter, HiRISE |
JPL-Caltech | Laboratório de Propulsão da NASA | Califórnia, EUA | Análise de dados da MRO |
Universidade do Arizona | Parceira científica da HiRISE | Arizona, EUA | Processamento e estudo da imagem |
Glen Cushing | Cientista espacial do USGS | Estados Unidos | Mapeamento de cavernas em Marte |
SpaceX | Empresa aeroespacial privada | Estados Unidos | Missões de teste e exploração a partir de 2026 |
Estrutura circular pode ser entrada para caverna
A abertura circular chama a atenção por estar cercada por uma depressão em forma de cratera, o que levanta hipóteses de que tenha sido formada por impacto meteórico ou colapso do teto de um tubo de lava. Dentro do buraco é possível ver uma camada adicional de gelo, sugerindo que ele perfura a crosta superficial e revela um nível inferior mais profundo.
“Buracos como esse são de interesse especial porque podem ser portais para níveis subterrâneos protegidos da radiação e de condições extremas”, informou a NASA na descrição oficial.
O terreno ao redor da estrutura está recoberto por gelo de dióxido de carbono em sublimação, processo que revela o solo escuro marciano abaixo. Esses ambientes podem oferecer proteção natural para formas de vida microbiana, preservando compostos orgânicos e até salmouras líquidas.
Regiões subterrâneas são alvo de missões futuras
Estudos do Serviço Geológico dos EUA (USGS) já identificaram mais de mil possíveis entradas de cavernas em Marte, muitas próximas de regiões vulcânicas. A ESA também mapeou tubos de lava antigos com base em missões como a Mars Express. Cientistas acreditam que esses ambientes protegidos são as melhores apostas para encontrar sinais de vida passada ou presente.
A expectativa em torno dessa formação cresce com os planos da SpaceX, empresa do dono do Twitter, que pretende lançar missões não tripuladas para Marte já em 2026. A ideia é testar pousos com naves Starship, que podem futuramente explorar o subsolo marciano com robôs ou até astronautas.
“Essas cavernas podem ser os únicos locais habitáveis em Marte hoje, e talvez contenham registros do passado biológico do planeta”, destacam os cientistas envolvidos no projeto.
Imagem é peça-chave em nova fase da exploração marciana
A imagem divulgada é um marco na pesquisa sobre ambientes subterrâneos em Marte, pois traz evidências visuais claras de uma formação que pode acessar uma rede de cavernas abaixo da superfície. Ela também reforça a importância da câmera HiRISE e da missão MRO, que continuam revelando detalhes geológicos com resolução sem precedentes.
Embora ainda não se saiba se o buraco leva de fato a uma caverna profunda, ou se é apenas uma depressão rasa, a NASA o classificou como alvo prioritário para futuras missões com sondas, drones e até astronautas.
Fontes
https://apod.nasa.gov/apod/ap250413.html
https://mars.nasa.gov/mro/
https://hirise.lpl.arizona.edu/
https://www.gbnews.com/science/space-nasa-mars-portal-discovery-breakthrough-alien-life
https://www.usgs.gov
https://science.nasa.gov