Astrônomos, liderados por Avi Loeb, diretor do Projeto Galileo e pesquisador da Universidade Harvard, propuseram recentemente uma teoria revolucionária: civilizações extraterrestres poderiam utilizar ondas gravitacionais para comunicação interestelar, ao invés dos tradicionais sinais de rádio. A hipótese foi divulgada em artigo publicado pelo portal The Debrief.
Comunicação invisível aos métodos atuais
Desde a época de Galileu Galilei, a astronomia se baseia principalmente na captação de sinais eletromagnéticos através de telescópios. No entanto, a maior parte do universo é composta por matéria escura e energia escura, que não podem ser observadas eletromagneticamente, mas têm efeitos gravitacionais perceptíveis.
A descoberta recente das ondas gravitacionais abriu uma nova fronteira para detecção astronômica. Instrumentos como os observatórios LIGO-Virgo-KAGRA já conseguem captar eventos de alta energia, como colisões de buracos negros. Em breve, o observatório espacial LISA ampliará a capacidade de detecção, possibilitando captar sinais gravitacionais emitidos por objetos próximos à Terra, como buracos negros primordiais.
Civilizações avançadas podem preferir sinais gravitacionais
Avi Loeb sugere que civilizações extraterrestres tecnologicamente avançadas poderiam utilizar ondas gravitacionais justamente por serem inevitáveis, impossíveis de serem bloqueadas ou dissipadas. Esses sinais poderiam ser detectados independentemente de barreiras físicas como planetas ou estrelas.
Uma pesquisa conduzida por Marek Abramowicz sugeriu que uma civilização avançada poderia aproveitar a energia do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea, conhecido como Sagitário A*, para gerar um sinal gravitacional claro, detectável pelo futuro observatório espacial LISA.
Novas tecnologias para detectar sinais extraterrestres
Loeb destacou também a importância das próximas gerações de detectores de ondas gravitacionais, como DECIGO, Cosmic Explorer, Einstein Telescope e Big Bang Observer. Estes instrumentos terão sensibilidades significativamente maiores, permitindo detectar potenciais estruturas extraterrestres, como naves de grande massa acelerando até velocidades próximas à da luz.
Grupos como a equipe “Applied Physics”, liderada por Gianni Martire, também discutiram recentemente as possibilidades práticas do uso de ondas gravitacionais na busca por civilizações extraterrestres.
Conexões com a ufologia
A possível comunicação extraterrestre via ondas gravitacionais abre um novo paradigma na pesquisa ufológica, destacando uma dimensão ainda não explorada pelos métodos tradicionais. Caso confirmado, este método de comunicação poderia explicar por que nossos instrumentos convencionais, baseados em ondas eletromagnéticas, ainda não detectaram sinais conclusivos de vida inteligente extraterrestre, contribuindo diretamente para esclarecer o histórico paradoxo de Fermi.
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