Análise de Mick West sobre o Livro de Luis Elizondo: Críticas aos Vídeos de OVNIs e Erros de Interpretação

Mick West, reconhecido debunker e crítico de teorias da conspiração, publicou um vídeo onde analisa e critica o livro de Luis Elizondo, “Imminent: Inside the Pentagon’s Hunt for UFOs”. Elizondo, ex-oficial do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, é conhecido por sua liderança no Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP) e por sua defesa da seriedade das investigações sobre OVNIs. No entanto, Mick West aponta o que ele acredita serem erros fundamentais nas interpretações de Elizondo sobre os famosos vídeos de OVNIs: Gimbal, GoFast, FLIR1 (Tic-Tac), e Aguadilla.

1. Vídeo Gimbal: Interpretação de Cores e “Aura” ao Redor do Objeto

No vídeo Gimbal, Luis Elizondo afirma que o objeto observado era frio, baseando-se na cor branca do objeto em uma câmera de infravermelho, e sugere a existência de uma “aura” ou “bolha” ao redor do objeto, possivelmente indicando uma tecnologia de anti-gravidade. Mick West critica essa interpretação, explicando que a câmera estava no modo “White Hot”, onde o branco representa calor, não frio, e que a suposta “aura” é apenas um artefato comum da câmera.

Enquanto a análise técnica de West pode estar correta sobre o modo “White Hot”, ele é frequentemente criticado por desconsiderar a possibilidade de que algo mais complexo possa estar em jogo. Ao se concentrar em explicações que se alinham com o que é conhecido e convencional, West muitas vezes ignora ou minimiza elementos que não podem ser explicados apenas por artefatos da câmera. Por exemplo, ele descarta a ideia da “aura” como um artefato, sem considerar se poderia haver outras explicações físicas ou tecnológicas não convencionais que explicariam a observação de Elizondo.

2. Vídeo FLIR1 (Tic-Tac): Travamento de Alvo e Assinatura de Calor

No vídeo FLIR1 (Tic-Tac), Elizondo descreve dificuldades em travar o objeto no radar e afirma que o objeto não exibia uma assinatura de calor clara. Mick West contesta essas afirmações, demonstrando que o alvo estava firmemente travado desde o início e que o vídeo mostra uma assinatura térmica evidente.

Embora West esteja tecnicamente correto sobre a presença de uma assinatura térmica, sua abordagem tem sido criticada por ignorar a complexidade do encontro relatado pelos pilotos. West se concentra nas falhas técnicas na descrição de Elizondo, mas desconsidera a possibilidade de que o objeto observado possa ter capacidades desconhecidas ou que as dificuldades relatadas pelos pilotos possam ter origem em fenômenos ainda não compreendidos pela tecnologia atual. Ao focar apenas nos aspectos que podem ser explicados pelas limitações tecnológicas, ele negligencia a importância do testemunho dos pilotos e a natureza anômala do objeto.

3. Vídeo GoFast: Velocidade e Forma do Objeto

Em relação ao vídeo GoFast, Elizondo sugere que o objeto estava se movendo a uma velocidade extremamente alta, semelhante ao “Tic-Tac” do vídeo FLIR1. Mick West argumenta que a alta velocidade aparente do objeto é uma ilusão causada pelo efeito de paralaxe, onde a diferença de perspectiva cria uma falsa impressão de movimento rápido.

West é criticado por simplificar demais a explicação usando o efeito de paralaxe, ignorando a possibilidade de que o objeto possa realmente estar se movendo a alta velocidade. A explicação de paralaxe de West, enquanto tecnicamente plausível, é vista como uma tentativa de ajustar o fenômeno a um contexto que ele pode explicar facilmente, sem considerar outras possibilidades que não se encaixam em explicações convencionais. Ele também descarta a descrição de Elizondo sobre a forma do objeto, ignorando a possibilidade de que a forma e o comportamento do objeto possam estar além das capacidades de observação das câmeras usadas.

4. Vídeo Aguadilla: Movimentação e Identificação do Objeto

No vídeo Aguadilla, Elizondo afirma que o objeto parecia detectar que estava sendo monitorado e rapidamente “mergulhou” no oceano, sugerindo uma capacidade de transição entre ar e água. Mick West contesta essa interpretação, alegando que o movimento do objeto foi uma ilusão causada pela perspectiva da câmera e que o objeto não fez nada extraordinário.

A abordagem de West é criticada por reduzir o movimento do objeto a uma ilusão de câmera sem considerar outras possíveis explicações. Ele também cometeu um erro ao identificar a aeronave como um helicóptero em vez de um avião, o que levanta questões sobre a precisão de sua análise. A insistência de West em explicações baseadas em fenômenos conhecidos pode levar a uma simplificação excessiva, onde aspectos mais sutis e potencialmente reveladores do comportamento do objeto são negligenciados.

Conclusão

Mick West é amplamente respeitado por seu ceticismo e abordagem técnica na análise de fenômenos anômalos, mas suas críticas ao livro de Luis Elizondo e aos vídeos de OVNIs não estão isentas de controvérsia. West é frequentemente criticado por simplificar demais fenômenos complexos, ignorando ou minimizando dados que não se encaixam em suas explicações convencionais. Suas análises, enquanto valiosas para manter um olhar crítico sobre alegações extraordinárias, muitas vezes falham em considerar a possibilidade de que estamos lidando com fenômenos que desafiam nossas atuais capacidades de compreensão e tecnologia. O debate sobre esses vídeos e as interpretações de Elizondo continua, refletindo a tensão entre o ceticismo e a abertura para o desconhecido no campo dos estudos de OVNIs.

Fonte: What Luis Elizondo got very wrong about the UFO videos. – YouTube

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