AARO Apresenta Relatório e Vídeo Explicando Reflexos de Satélites como Fonte de Erro em Avistamentos de UAPs

O All-domain Anomaly Resolution Office (AARO) divulgou um relatório intitulado “Correlações de Reflexos de Satélites Starlink com Observações de UAPs” e um vídeo explicativo sobre o fenômeno dos reflexos de satélites. O objetivo é esclarecer como efeitos ópticos gerados por satélites, especialmente de constelações como a Starlink da SpaceX, podem ser confundidos com fenômenos anômalos não identificados (UAPs).


Reflexos de Satélites: Difusos e Especulares

O relatório detalha como a luz solar refletida nas superfícies dos satélites, como antenas e painéis solares, gera flashes de luz visíveis da Terra. Esses reflexos podem ser classificados em:

  • Difusos: Quando a luz solar se espalha em superfícies irregulares, criando um brilho mais fraco, porém duradouro.
  • Especulares: Quando a luz reflete em superfícies lisas e espelhadas, gerando flares intensos e curtos, conhecidos como “glints”.

Os satélites Starlink, devido ao seu design, são particularmente propensos a gerar ambos os tipos de reflexos. Seus painéis solares e componentes estruturais podem criar efeitos visuais que lembram estrelas em movimento ou formas geométricas complexas, como triângulos ou luzes giratórias.


Impacto do Aumento de Satélites em Órbita

Atualmente, mais de 6.700 satélites Starlink estão em órbita terrestre baixa (LEO), e milhares mais estão planejados por empresas como Amazon e Eutelsat. Esse crescimento aumenta a frequência de observações de reflexos, que podem ser confundidos com UAPs.

O relatório cita um caso de 2022, no qual um piloto comercial relatou múltiplas luzes em movimento próximo a uma constelação. A análise do AARO concluiu que o evento foi causado por reflexos de satélites Starlink.


Ferramentas e Orientações para Observadores

O AARO disponibilizou orientações para prever flares de satélites, incluindo o uso de ferramentas online que calculam a visibilidade de reflexos com base na posição do Sol e na trajetória dos satélites. Essas ferramentas auxiliam na diferenciação entre fenômenos causados por satélites e outros possíveis eventos.

Pilotos de aeronaves também são destacados no estudo, pois suas condições de altitude e velocidade permitem observar esses fenômenos de forma mais prolongada, ampliando o risco de identificação errônea.


Vídeo Educativo: O Fenômeno dos Reflexos de Satélites

Para complementar o relatório, o AARO lançou o vídeo “The Satellite Flaring Phenomenon”, que apresenta uma animação explicando como a luz solar refletida nos satélites pode imitar avistamentos de UAPs. A animação ilustra como os ângulos de incidência da luz e a orientação dos satélites geram efeitos ópticos que frequentemente são interpretados como anômalos.


Essas novas iniciativas do AARO reforçam a importância de distinguir fenômenos ópticos artificiais de outras possíveis causas em investigações de avistamentos de UAPs. O relatório e o vídeo estão disponíveis no site oficial do AARO.

Fontes:
The Black Vault

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