A Verdadeira Conspiração do Governo Não é Sobre OVNIs: A Luta do Comitê de Inteligência do Senado por Respostas

Revisão do Relatório do Pentágono

Há três meses, após as audiências do Congresso sobre Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs), o Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios (AARO) do Pentágono divulgou um relatório de 63 páginas avaliando quase 80 anos de evidências. A conclusão do relatório foi resumida como: “Nada de significativo. Por favor, prossiga”. O relatório afirma que “AARO não descobriu nenhuma evidência empírica de que qualquer avistamento de um Fenômeno Aéreo Não Identificado (UAP) representasse tecnologia de fora da Terra ou a existência de um programa classificado que não tenha sido devidamente informado ao Congresso”.

Reação do Comitê de Inteligência do Senado

O Comitê de Inteligência do Senado não está convencido. A Lei de Autorização de Inteligência, aprovada recentemente, pede uma revisão do AARO. O projeto de lei também limita a pesquisa sobre UAPs, a menos que o Congresso seja informado, e adiciona proteções para denunciantes que desejam se manifestar.

A Desconfiança em Relação ao AARO

A AARO tem enfrentado críticas constantes e está quase todos os dias sendo desmentida por terceiros. Kirkpatrick, o ex-diretor e autor do relatório, já foi pego na mentira várias vezes, inclusive com provas fotográficas que desmentem suas declarações. Isso tem minado a credibilidade do escritório e aumentado a frustração daqueles que buscam respostas concretas sobre os UAPs.

A Realidade dos UAPs e as Alegações Sensacionalistas

Apesar das alegações menos plausíveis sobre UAPs, promovidas por pessoas como David Grusch, que testemunhou no Congresso sobre corpos alienígenas escondidos e veículos acidentados, o fato é que há avistamentos sistemáticos e dados de sensores de entidades rápidas que o governo não pode explicar. Essas alegações sensacionalistas, embora não corroboradas por testemunhas principais, desafiam a credibilidade e fazem com que preocupações legítimas sobre UAPs pareçam ridículas.

Ameaças à Segurança Nacional

Não é necessário acreditar em alienígenas para perceber que esses fenômenos representam ameaças à segurança nacional. O fato de pilotos militares experientes considerarem hipóteses ligadas a alienígenas sugere que o processamento de informações pelo exército não está sendo eficaz. Ignorar esses relatos não traz conforto, especialmente quando nações como China e Rússia continuam a ser ameaças à segurança nacional.

O Contexto Geopolítico e a Investigação Permanente

Enquanto essas nações continuarem sendo uma ameaça, o exército dos EUA sempre desejará identificar possíveis intrusos em seu espaço aéreo. Nenhum relatório ou processo burocrático pode eliminar essas preocupações. A frustração do Comitê de Inteligência do Senado — expressa por sua votação unânime de 17 a 0 — é compreensível. O relatório do Pentágono apresenta muitas das alegações mais fracas de UAPs e nota que não há evidências sérias para sustentá-las. Além disso, descarta alguns dos casos mais intrigantes, como os incidentes Nimitz e Gimbal.

Reconhecimento de Casos Anômalos

Somente na página 26 do relatório é que se admite que “um pequeno percentual dos casos tem características potencialmente anômalas ou preocupantes”. Esses casos deveriam ter sido destacados desde o início. A confissão de que alguns dados são difíceis de explicar é um indicador da nossa ignorância. Pessoas como John Brennan, ex-diretor da CIA, especularam que as evidências disponíveis podem implicar contato com uma civilização não humana.

A Conspiração Real: A Falta de Respostas

A verdadeira conspiração não é suprimir evidências de formas de vida diferentes, mas evitar admitir a ausência embaraçosa de respostas reais. O Comitê de Inteligência do Senado merece crédito por reabrir a questão. Admitir que há um quebra-cabeça real a ser resolvido é um passo decisivo. Ao esclarecer exatamente qual é o enigma, talvez possamos fazer algum progresso em sua explicação.

Reflexões Finais

Admitir a possibilidade de incerteza genuína é um desafio. Muitas vezes, as pessoas estão mais preocupadas em descartar a possibilidade de vida alienígena do que em aceitar a possibilidade de que simplesmente não sabemos. A simples admissão de que há um quebra-cabeça real a ser resolvido já é um avanço significativo.

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