A Air France suspendeu, “até novo aviso”, todos os voos que sobrevoam a região do Mar Vermelho após a tripulação de uma de suas aeronaves relatar a presença de um “objeto luminoso” sobre o Sudão, fenômeno que pode ser classificado como um UAP, Fenômeno Aéreo Não Identificado. O comunicado foi feito pela companhia aérea no domingo, 3 de novembro, por meio da rede social X (antigo Twitter), onde explicou que a decisão foi motivada pela suspeita de que o objeto avistado poderia representar um perigo para as operações na área. Rumores de um possível míssil lançado do Sudão também circularam após o ocorrido, aumentando as especulações sobre o avistamento.
Por precaução, a Air France ajustou as rotas de alguns voos. Em certos casos, aeronaves retornaram ao ponto de partida, como no voo AF934, que havia decolado de Paris em direção a Antananarivo, capital de Madagascar. Segundo o site de monitoramento aéreo FlightRadar24, o Boeing 777 retornou da costa egípcia por volta das 14h, no horário de Paris, e pousou em segurança no aeroporto Charles-de-Gaulle no início da noite de domingo.
O incidente traz à tona questões de segurança para voos comerciais que cruzam áreas de conflito. Em outra ocasião recente, um voo da Air France que seguia de Paris para Dubai estava sobre o sul do Iraque quando o Irã iniciou ataques com mísseis contra Israel, em 1º de outubro, segundo informações do canal Aqui. Na ocasião, a companhia monitorou a situação em tempo real e seguiu os protocolos de segurança necessários para evitar riscos aos passageiros e tripulação.
A observação de um objeto luminoso não identificado sobre o Sudão exemplifica a complexidade dos fenômenos aéreos não identificados, conhecidos como UAPs. Esses fenômenos podem incluir objetos físicos, como drones ou mísseis, ou até fenômenos atmosféricos incomuns. Em regiões onde há atividades militares intensas, como o Sudão, a presença de UAPs frequentemente levanta alertas de segurança até que se possa determinar sua origem exata.