Dra. Beatriz Villarroel publica estudos revisados por pares que sugerem objetos em órbita antes do Sputnik

A astrônoma sueca Beatriz Villarroel, pesquisadora do Instituto Nordita da Universidade de Estocolmo, acaba de alcançar um marco sem precedentes na pesquisa científica sobre fenômenos aéreos anômalos (UAPs). Seus dois novos artigos — agora revisados por pares e publicados em revistas científicas de alto impacto — apresentam evidências estatísticas de correlação entre flashes de luz registrados antes da era espacial, testes nucleares e avistamentos de UFOs.


O que os estudos mostram

Os dois trabalhos, publicados em Scientific Reports (Nature Portfolio) e Publications of the Astronomical Society of the Pacific (PASP), analisam mais de 106 mil “transientes” — flashes de luz que surgem e desaparecem em minutos — registrados nas placas do Palomar Observatory entre 1949 e 1957, quando ainda não existiam satélites humanos em órbita.

Os resultados são impressionantes:

  • Correlação estatística significativa entre os transientes, testes nucleares atmosféricos e relatos de UAPs.
  • 45% mais probabilidade de flashes em datas próximas a explosões nucleares.
  • 68% mais eventos no dia seguinte a um teste atômico.
  • Aumento de 8,5% no número de transientes a cada novo relato de UAP.
  • 22 sigmas de déficit de eventos na sombra da Terra, indicando que muitos flashes eram reflexos solares reais — não defeitos fotográficos.

“Hoje sabemos que flashes curtos costumam ser reflexos de satélites ou destroços espaciais, mas essas chapas foram feitas antes da era espacial humana. Isso é o que torna os resultados tão extraordinários”, declarou Villarroel.


Indícios de artefatos pré-humanos em órbita

O segundo artigo, focado em alinhamentos múltiplos de transientes, identifica dois eventos que parecem representar reflexos sincronizados de superfícies planas em movimento — um deles registrado em 27 de julho de 1952, na mesma noite da onda de UFOs de Washington, episódio histórico documentado por pilotos e radares sobre a capital dos EUA.

Os pesquisadores testaram todas as hipóteses convencionais — meteoros, raios cósmicos, defeitos químicos, fenômenos atmosféricos — e nenhuma conseguiu reproduzir o padrão observado.

“Entre o que antes era considerado ruído, encontramos um sinal real”, explica Villarroel.
“Alguns desses eventos se comportam como reflexos de objetos planos e altamente refletivos em órbita — e isso, registrado anos antes do primeiro satélite, é algo que precisa ser levado a sério.”


A nova fronteira: ciência dos UAPs

Com esses dois artigos, somados ao trabalho anterior publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS), Villarroel consolida um tríptico de pesquisas independentes, todas revisadas por pares, que inauguram uma nova abordagem empírica para estudar UAPs a partir de dados astronômicos históricos.

“Espero que esses resultados ofereçam ferramentas para que astrônomos possam realizar estudos científicos rigorosos sobre UAPs”, disse a pesquisadora ao anunciar as publicações.

Os achados situam-se na interseção entre astrofísica observacional e arqueologia tecnológica, levantando uma questão profunda:
se algo refletia luz solar em órbita antes de 1957, o que — ou quem — colocou isso lá?


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