O jornalista investigativo e documentarista Jeremy Kenyon Lockyer Corbell afirmou que há testemunhas com envolvimento direto em programas governamentais relacionados a óvnis (UAPs) dispostas a depor publicamente diante do Congresso dos Estados Unidos. Segundo ele, essas pessoas não são apenas observadores ou analistas, mas indivíduos que atuaram pessoalmente em contato físico com tecnologia não humana dentro de instalações oficiais. Em uma publicação detalhada nas redes sociais, Corbell apresentou sua definição de “testemunha direta”, estabelecendo critérios objetivos para diferenciar os relatos mais contundentes das demais fontes.
“Estamos falando de pessoas que estiveram fisicamente próximas a naves ou componentes operacionais de tecnologias UAP, em ambiente oficial, e que têm como provar isso. Essa é minha definição mínima de testemunha direta”, afirmou.
Figuras citadas
Nome | Cargo ou Função | Cidade / Estado | Programas Envolvidos |
---|---|---|---|
Jeremy Kenyon Lockyer Corbell | Jornalista investigativo e cineasta | EUA | Podcast Weaponized; cobertura de UAPs |
George Knapp | Jornalista investigativo | EUA | Reportagens sobre UAPs e Área 51 |
David Grusch | Ex-agente de inteligência; denunciante de UAP | EUA | Relatos sobre recuperação de artefatos e biológicos |
Cmdr. David Fravor | Ex-piloto da Marinha dos EUA | EUA | Testemunha do incidente do “Tic Tac” em 2004 |
Rep. Anna Paulina Luna | Deputada federal (Republicana) | EUA | Força-tarefa de transparência sobre UAPs |
Rep. Tim Burchett | Deputado federal (Republicano) | EUA | Ativista por transparência governamental sobre UAPs |
Sen. Mike Rounds | Senador federal (Republicano) | EUA | Coautor de projeto de lei sobre inteligência não humana |
Sen. Chuck Schumer | Senador federal (Democrata) | EUA | Coautor de projeto de lei sobre inteligência não humana |
O que são testemunhas diretas, segundo Jeremy Corbell
A motivação para a publicação de Corbell surgiu após questionamentos sobre a credibilidade e o nível de envolvimento de pessoas que se apresentam como denunciantes ou testemunhas de UAPs. O jornalista argumenta que, para evitar confusões e expectativas distorcidas, é necessário classificar com precisão os tipos de testemunhos — especialmente os que podem influenciar decisões políticas e públicas.
Corbell propõe que uma testemunha direta precisa atender a três critérios simultâneos:
- Atuação oficial comprovada: a pessoa deve ter exercido função reconhecida em órgão do governo, forças armadas ou contratada em programa sensível vinculado ao Departamento de Defesa (DoD) ou a laboratórios com autorização especial.
- Contato físico com tecnologia UAP: deve ter estado em proximidade operacional de naves ou equipamentos funcionais, seja em missões, armazenamento, engenharia reversa ou segurança de materiais recuperados.
- Evidência documental e verificável: o indivíduo precisa comprovar, com registros formais, sua presença, função e contexto de atuação, garantindo que o depoimento não se baseia em suposições ou memórias não confirmáveis.
Segundo ele, esse grupo constitui o “nível mais fundamental” de testemunho direto — ou seja, aqueles que têm o que mostrar, não apenas o que contar.
Outras categorias também são importantes
Corbell reconhece que há outras formas legítimas de envolvimento direto com o fenômeno UAP, ainda que não incluam contato físico com objetos:
- Participação em programas de estudo ou acobertamento de UAPs, com acesso a documentos ou reuniões de alto sigilo;
- Registro técnico ou visual de UAPs capturados, como operadores de sensores, analistas de imagens ou pilotos;
- Provas de operações de encobrimento conduzidas por agências do governo, como destruição de arquivos, ameaças a denunciantes ou manipulação de dados.
“Essas testemunhas também são diretas — estão na linha de frente da gestão do fenômeno. Cada uma detém peças únicas do quebra-cabeça, e todas são necessárias para montar o quadro completo”, escreveu.
Audiência no Congresso: urgência e obstáculos
Corbell revelou que pelo menos três dessas testemunhas diretas já confirmaram sua disposição de depor sob juramento, caso sejam convocadas formalmente. Os nomes, no entanto, não foram divulgados, pois muitos enfrentam ameaças, perseguições ou riscos profissionais caso se exponham publicamente. Ainda assim, ele afirma que elas já relataram seus casos a ele e ao jornalista George Knapp, e que os detalhes foram encaminhados a parlamentares.
Corbell defende que o Congresso precisa agir com coragem e transparência, realizando uma nova audiência pública, com espaço garantido para depoimentos de alto nível.
“Estamos pedindo provas há anos. Agora que elas estão disponíveis — por meio de pessoas reais, com experiência direta — não podemos recuar. O público quer saber. E merece saber”, escreveu.
Parlamentares como Anna Paulina Luna e Tim Burchett têm sido aliados do movimento por transparência. Já no Senado, Chuck Schumer e Mike Rounds tentaram aprovar uma legislação que reconhece formalmente o interesse público em informações sobre inteligência não humana.
Corbell finalizou seu texto com uma cobrança direta:
“Essas pessoas podem e devem testemunhar na próxima audiência sobre UAPs. É isso que o público quer. Vamos em frente com a transparência! 🛸”