Estudo sugere que evolução planetária favorece vida inteligente, mas não necessariamente em forma humanoide

Um novo estudo publicado na Science Advances desafia a ideia de que a inteligência avançada é um evento raro no universo. Pesquisadores da Penn State University propõem que a evolução de seres inteligentes pode ser um resultado natural da interação entre a vida e o ambiente de um planeta, tornando a existência de civilizações extraterrestres mais provável do que se pensava. No entanto, isso não significa que esses seres teriam uma forma humanoide.

Evolução planetária e o surgimento da inteligência

O estudo revisa a teoria dos “passos difíceis”, que argumenta que a evolução de seres inteligentes exige uma série de eventos improváveis. Em vez disso, os cientistas sugerem que a vida se adapta conforme as condições do planeta se tornam favoráveis. Assim como a Terra passou por mudanças ambientais até possibilitar o surgimento da humanidade, outros planetas podem estar em processos semelhantes.

A pesquisa introduz o conceito de “janelas de habitabilidade” — períodos em que as condições planetárias permitem a evolução de organismos complexos. Isso significa que a inteligência pode surgir em diferentes momentos do desenvolvimento de um planeta, dependendo de fatores como temperatura, disponibilidade de nutrientes e níveis de oxigênio. Em mundos com processos evolutivos mais rápidos, a vida inteligente pode ter aparecido antes da nossa; em outros, pode ainda estar em formação.

Seres inteligentes podem ser muito diferentes dos humanos

Embora o estudo sugira que civilizações avançadas sejam comuns no universo, ele não indica que essas formas de vida seriam humanoides. A forma corporal depende das condições específicas do planeta onde evoluiu. Gravidade, composição atmosférica e ecossistemas moldam a biologia local, podendo gerar criaturas inteligentes totalmente diferentes do que conhecemos.

Na Terra, a evolução favoreceu a postura bípede e mãos capazes de manipular ferramentas. Em planetas oceânicos, a inteligência pode surgir em seres semelhantes a cefalópodes. Em mundos com maior gravidade, seres mais robustos e próximos ao solo podem ter vantagem. O estudo reforça que, embora a inteligência possa ser um fenômeno comum, sua forma física dependerá do ambiente em que se desenvolveu.

Impacto na busca por vida extraterrestre e nos estudos de UFOs

Se a inteligência é um resultado previsível da evolução planetária, aumenta-se a probabilidade de encontrarmos sinais de vida avançada em exoplanetas. Os cientistas sugerem que a análise da atmosfera de mundos distantes pode ajudar a identificar planetas com condições semelhantes às da Terra, abrindo caminho para futuras descobertas.

Além disso, o estudo traz implicações para a ufologia. Se civilizações avançadas existem e não seguem um padrão humanoide, algumas descrições de UFOs e encontros podem ser reconsideradas sob essa nova perspectiva. A busca por vida extraterrestre deve levar em conta que visitantes de outros mundos podem ter formas e capacidades muito além do que imaginamos.

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