O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para desclassificar arquivos relacionados aos assassinatos de John F. Kennedy, Martin Luther King Jr. e Robert F. Kennedy. Apesar disso, os documentos ainda não estarão imediatamente disponíveis para consulta, segundo informações divulgadas pela Casa Branca.
Arquivos de Assassinatos Históricos Sob Nova Análise
Trump, que já havia liberado uma série de documentos sobre o assassinato de John F. Kennedy em 2017, declarou que a continuidade da ocultação de informações “não é consistente com o interesse público”. Ele ainda ressaltou que é um passo importante para revisar o histórico de censura sobre o caso, o qual, segundo Robert F. Kennedy Jr., foi usado como modelo para crises subsequentes que impactaram a democracia americana.
Em declaração, Robert F. Kennedy Jr. agradeceu ao presidente pela iniciativa, destacando que a medida pode corrigir décadas de “mentiras e desinformação” promovidas por agências de inteligência. Kennedy Jr., que há anos luta pela liberação desses arquivos, também conectou o encobrimento a eventos como o Vietnã, os ataques de 11 de setembro e até a pandemia de COVID-19, descrevendo esses momentos como parte de uma trajetória em direção ao autoritarismo.
Reações de Famílias e Outras Personalidades
Bernice King, filha de Martin Luther King Jr., enfatizou o impacto pessoal dessa liberação de informações para sua família. Ela pediu para que os familiares tenham acesso prévio aos arquivos antes de sua publicação ao público.
Por outro lado, Jack Schlossberg, neto de John F. Kennedy, criticou a medida, acusando Trump de usar o legado de JFK como “um instrumento político” e descrevendo o ato como “não heroico”. Schlossberg declarou que a verdade é mais simples e trágica do que teorias conspiratórias podem sugerir.
Prazos e Planejamento
A ordem de Trump exige que o diretor de inteligência nacional e o procurador-geral apresentem planos detalhados em até 15 dias para a liberação total dos arquivos sobre JFK e em até 45 dias para os documentos relacionados a RFK e MLK. Esses arquivos, protegidos por décadas, são aguardados com grande expectativa por historiadores, especialistas e o público em geral.
Em anos anteriores, o governo Biden também havia divulgado parte desses arquivos, com a Administração Nacional de Arquivos e Registros afirmando que 97% da coleção de mais de 5 milhões de páginas já era pública. No entanto, muitos documentos permaneciam parcialmente censurados.
Conexão com a Ufologia
A decisão de desclassificar os arquivos sobre os assassinatos de figuras históricas levanta paralelos com os debates sobre transparência em outros temas, como os arquivos sobre UFOs. Assim como nos casos de JFK, MLK e RFK, muitos acreditam que o governo mantém informações cruciais ocultas, atrasando descobertas que poderiam reformular o entendimento do público sobre eventos históricos. A busca por transparência continua sendo uma questão central em ambas as discussões.
Fontes:
ABC News