Início da Carreira como Analista de Imagens de SAR
Sara Gamm iniciou sua carreira trabalhando com imagens de SAR (Radar de Abertura Sintética). Em suas próprias palavras, ela descreveu o trabalho com SAR como uma “espécie de sonar em um barco”, mas aplicado a imagens da Terra. “SAR não é como uma foto bonita que você tira com o seu celular. Há muita matemática e ciência por trás”, explicou. Esse tipo de análise a levou a se apaixonar pela área, destacando que, embora fosse um trabalho desafiador, era extremamente gratificante.
Trabalhos na NRO (National Reconnaissance Office) e NGA (National Geospatial-Intelligence Agency)
Ao longo de sua carreira, Sara trabalhou em duas das principais agências de inteligência dos EUA: o NRO (Escritório Nacional de Reconhecimento) e a NGA (Agência Nacional de Inteligência Geoespacial). No NRO, ela explicou que seu trabalho envolvia a operação de satélites de vigilância classificados, e na NGA, ela desempenhou o papel de cientista de imagens SAR, ajudando a identificar alvos para operações militares no Oriente Médio. “Eu estava envolvida em algumas coisas incríveis, como operações em Mosul e contra o ISIS“, disse ela, referindo-se a suas contribuições no combate ao terrorismo.
Participação na Força-Tarefa UAP
Sara persistiu em seu desejo de fazer parte da Força-Tarefa UAP, mesmo depois de ser inicialmente ignorada por seu diretor adjunto. “Eu não aceitei o ‘não’ como resposta e continuei insistindo”, revelou, até que finalmente foi integrada à equipe. Uma vez na força-tarefa, ela trabalhou com análise de dados e imagens de radar, muitas vezes frustrada pela baixa qualidade dos dados. “Assim como o público fica frustrado com imagens desfocadas, nós também ficávamos”, disse, enfatizando que a equipe tinha as mesmas dificuldades que o público ao tentar decifrar os fenômenos.
Impacto de Experiências Pessoais no Campo da Paranormalidade
Além de sua carreira em inteligência, Sara também tem experiência como médium e participou de várias investigações paranormais. Ela explicou que nunca escondeu suas habilidades no ambiente de trabalho. “Meu último gerente sabia de tudo sobre meus dons e minhas capacidades. Não era algo de que eu me envergonhasse”, disse ela, orgulhosa de sua jornada pessoal. Embora esse aspecto de sua vida não fosse o foco da entrevista, Sara mostrou-se aberta a falar sobre como suas experiências espirituais e de médium coexistem com seu trabalho em inteligência.
Formação Educacional e Especializações
Sara possui uma graduação em Astrofísica, que oficialmente consta como Física, e um mestrado em Contra-Armas de Destruição em Massa. Ela explicou que seu interesse inicial em “coisas que explodem” veio de sua formação em física, mas ao longo do curso de mestrado, ela começou a entender melhor as políticas envolvidas no controle de armas de destruição em massa. “Eu tive que aprender a escrever de maneira diplomática e política, o que foi uma grande mudança”, comentou, destacando o aspecto multidisciplinar de sua educação.
Trabalho com a National Reconnaissance Office (NRO)
Durante sua passagem pelo NRO, Sara trabalhou no lançamento e operação de satélites, focando na coleta de dados e imagens de alta precisão para apoiar operações militares. Ela explicou que seu trabalho com SAR foi crucial para fornecer suporte visual e estratégico durante operações no Oriente Médio, especialmente na luta contra o ISIS. “Havia dias em que eu estava no calor do deserto, com tempestades de areia e temperaturas acima de 50 graus, tudo para garantir que nossos dados fossem precisos”, relatou, enfatizando o desafio físico e mental do trabalho.
Aproximação com UAPs e UAP Task Force
O interesse de Sara em Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAPs) cresceu quando ela começou a ler relatórios sobre avistamentos em instalações nucleares. “Eu vi um relatório sobre algo que aconteceu em um local de mísseis nucleares, e aquilo me prendeu imediatamente”, disse ela. Esse interesse a levou a participar da força-tarefa UAP, onde pôde estudar os fenômenos a fundo, utilizando seus conhecimentos em astrofísica e análise de radar.
Imagens e Dados Analisados pela Força-Tarefa UAP
Na Força-Tarefa UAP, Sara e sua equipe analisavam uma vasta gama de dados, desde imagens de radar até sensores de satélites. Ela explicou que, apesar das dificuldades, houve momentos em que os dados claramente indicavam que os objetos observados não eram de origem terrestre. “Havia casos em que, sem dúvida, o que estávamos vendo não era terrestre”, disse ela, reforçando a ideia de que alguns dos avistamentos desafiavam completamente as explicações convencionais.
Obstáculos e Dificuldades na Investigação de UAPs
Um dos maiores desafios da força-tarefa, segundo Sara, era lidar com a incerteza e os dados limitados. Muitos avistamentos acabavam sendo desmistificados como balões ou fenômenos naturais, mas havia outros que permaneciam inexplicáveis. “Passávamos meses tentando identificar algo, e quando não conseguíamos, classificávamos como UAP”, disse ela, destacando o processo rigoroso de eliminação antes de rotular um fenômeno como inexplicável.
Experiência na Desmistificação de Fenômenos Inexplicáveis
Sara mencionou que o processo de desmistificação era algo em que ela e sua equipe se especializaram. “Às vezes, as pessoas brincavam que éramos como o FBI tentando resolver mistérios”, disse ela, mas a verdade é que o trabalho exigia uma abordagem científica rigorosa. Mesmo com essa abordagem, havia casos que não podiam ser explicados com base em fenômenos naturais ou falhas tecnológicas.
Avistamentos de Formas Incomuns de UAPs
Durante suas investigações, Sara mencionou ter observado naves com formas incomuns, como uma nave em forma de “bumerangue“. Além disso, ela descreveu um avistamento que ficou conhecido como o “cérebro voador“, devido ao formato estranho do objeto. “Era uma coisa realmente bizarra, parecia um cérebro flutuando no céu”, disse ela, admitindo que, embora parecesse absurdo, o avistamento foi rastreado por algum tempo.
Frustração com a Falta de Clareza em Imagens de UAPs
Um dos temas recorrentes durante a entrevista foi a frustração com a baixa qualidade das imagens. “As imagens eram muitas vezes desfocadas e de baixa resolução”, explicou Sara, refletindo que isso não só frustrou o público, mas também a própria equipe que trabalhava na análise desses dados. “Todos nós queremos respostas claras, mas é difícil quando os dados são tão limitados”, acrescentou.
Desafios com o Aero e a Continuidade das Investigações
Sara e sua equipe enfrentaram dificuldades em compartilhar os dados coletados com o Aero, a nova divisão criada para investigar UAPs. “Tentamos várias vezes compartilhar nossos dados, mas nos disseram que eles estavam criando sua própria base de dados”, lamentou Sara. Isso criou uma barreira significativa na continuidade das investigações, já que a equipe anterior tinha acumulado uma quantidade valiosa de informações que não foi aproveitada.
O Sigilo em Torno das Investigações de UAPs
O sigilo também foi um obstáculo importante, já que muitos dos dados mais reveladores estavam classificados como secretos. “Havia imagens de alta qualidade que estavam simplesmente fora do nosso alcance porque eram classificadas”, explicou Sara, destacando como esse nível de sigilo atrapalhou o progresso das investigações.
Experiência com Eventos Não Terrestres
Quando questionada sobre a possibilidade de ter observado algo claramente não terrestre, Sara foi categórica: “Sim, absolutamente. Houve momentos em que não havia dúvida de que o que estávamos vendo não era de origem terrestre”, disse ela. Esses avistamentos, que incluíam objetos com manobras impossíveis para tecnologias humanas, reforçaram a seriedade das investigações.
Impacto do COVID-19 nas Investigações de UAPs
Sara mencionou que a pandemia de COVID-19 teve um impacto significativo nas investigações, interrompendo experimentos e análises que poderiam ter avançado a compreensão dos UAPs. “Tudo parou por um tempo”, disse ela, refletindo sobre o impacto global da pandemia no ritmo das investigações.
Esperança para o Futuro das Investigações UAP
Apesar das dificuldades, Sara permanece otimista quanto ao futuro das investigações sobre UAPs. “Eu realmente espero que mais pessoas da força-tarefa venham a público”, disse ela, incentivando outros a compartilhar suas experiências, mesmo que não tenham informações explosivas. Para Sara, a transparência é o caminho para avançar nessa área.
Jellyfish
Durante as investigações da Força-Tarefa UAP, um dos vídeos que ganhou notoriedade foi trazido à tona por Jeremy Corbell e George Knapp, apresentando um objeto que a equipe apelidou de “jellyfish” (água-viva) devido à sua aparência incomum. No entanto, após uma análise rigorosa, Sara Gamm e sua equipe descobriram que o fenômeno não era anômalo, mas sim explicável por fenômenos naturais, como a migração de pássaros. Apesar do entusiasmo inicial em torno do avistamento, Sara explicou que a prioridade sempre foi seguir os dados, desmistificando casos onde fosse possível.
Experiências Pessoais com UAPs e Fenômenos Paranormais
Sara também compartilhou um relato pessoal de um avistamento nas Luzes Misteriosas de Brown Mountain, na Carolina do Norte, onde observou um objeto que “desaparecia e reaparecia” no céu. “
Foi algo que eu não consegui explicar”, disse ela, além de mencionar brevemente suas experiências espirituais e como isso influencia sua visão do mundo.
Mensagem para Outros Membros da Força-Tarefa UAP
Por fim, Sara deixou uma mensagem encorajando outros membros da força-tarefa a compartilhar suas histórias. “Mesmo que você não tenha algo bombástico para contar, é importante que mais pessoas falem”, disse ela, mostrando que a abertura e a cooperação são essenciais para o avanço das investigações.