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SCU e Dados Ausentes em Relatórios de OVNIs de 1947: Análise Crítica de Richard Geldreich Jr. no Medium Revela Inconsistências

Nos últimos anos, o interesse em fenômenos aéreos não identificados (UAP, sigla em inglês para “Unidentified Aerial Phenomena”) tem crescido, resultando em uma série de estudos e análises sobre avistamentos históricos. Um dos períodos mais significativos nesse contexto é o ano de 1947, marcado por uma onda de avistamentos de objetos voadores não identificados (OVNIs) nos Estados Unidos, culminando no famoso incidente de Roswell. No entanto, como destacado por Richard Geldreich Jr. em um artigo publicado no Medium, há uma preocupante discrepância nos registros de dados desse ano, levantando suspeitas sobre a precisão das pesquisas conduzidas pelo SCU (Scientific Coalition for UAP Studies).

Em seu artigo intitulado “Is the SCU (Scientific Coalition for UAP Studies) Part of the UAP Coverup?”, Geldreich questiona a integridade dos dados utilizados no estudo “UAP Activity Pattern Study 1945–1975 Military and Public Activities”, conduzido pelo SCU. Este estudo analisa vários bancos de dados de avistamentos de OVNIs, incluindo o do National Investigations Committee on Aerial Phenomena (NICAP). Contudo, há uma diferença significativa entre os números de avistamentos documentados em 1947 por outras fontes e os apresentados pelo SCU.

Discrepâncias nos Dados de 1947

O estudo do SCU menciona que o banco de dados do NICAP possui cerca de 100 avistamentos para o ano de 1947, um número que surpreende quando comparado com outras fontes históricas. Segundo o livro “Investigating UFO’s” de Kettelkamp, o NICAP teria catalogado aproximadamente 850 avistamentos apenas no verão de 1947. Essa disparidade sugere que há uma quantidade significativa de dados ausentes ou não considerados.

Além disso, Richard Geldreich Jr. destaca que o relatório “Report on the Wave of 1947”, de Ted Bloecher e do físico atmosférico Dr. James E. McDonald, estima que pelo menos mil avistamentos ocorreram nos Estados Unidos no verão de 1947, com um pico no dia 7 de julho, um dia antes do incidente de Roswell. Este fato reforça a ideia de que os dados utilizados pelo SCU são incompletos.

Implicações para a Confiabilidade dos Estudos

Essas discrepâncias levantam questões importantes sobre a confiabilidade dos dados analisados pelo SCU. Se uma onda tão significativa como a de 1947 foi subestimada, outros eventos também podem ter sido mal interpretados ou negligenciados. A ausência de uma análise completa dos dados de 1947 sugere que os fenômenos aéreos não identificados podem ter sido subestimados ou até mesmo ignorados em algumas pesquisas. Como apontado por Geldreich, “seu relatório minimiza a escala do fenômeno”, o que pode impactar gravemente a interpretação dos eventos de 1947.

O próprio Projeto Saucer da Força Aérea dos Estados Unidos reconheceu, em um memorando de 1949, o aumento significativo nos avistamentos durante 1947, atingindo seu pico em julho. Este reconhecimento oficial entra em conflito com os números apresentados no estudo do SCU, tornando ainda mais evidente a necessidade de uma revisão crítica desses dados.

O Caminho a Seguir

Com o crescente interesse público e acadêmico nos fenômenos UAP, é essencial que futuros estudos abordem essas inconsistências com transparência. Uma revisão dos bancos de dados históricos, como o NICAP, é urgente para garantir que todos os avistamentos sejam contabilizados corretamente. A comunidade científica e os entusiastas do tema devem continuar a questionar e validar as fontes de dados utilizadas, garantindo que a integridade das pesquisas não seja comprometida.

Para uma leitura mais aprofundada sobre as falhas nos dados apresentados pelo SCU e as possíveis implicações dessas omissões, o artigo completo de Richard Geldreich Jr. está disponível aqui.

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